Verão de 2014: Lopetegui chegou ao Dragão com algumas demandas. Uma destas era a chegada de um miúdo espanhol internacional pelas camadas jovens da Roja. Eis que chegou, viu e encantou o Dragão com a sua qualidade e maturidade de jogo.
Volvidos dois anos, muita coisa mudou nos lados da cidade Invicta e Óliver Torres regressou a Portugal. Desta vez, pela mão de Nuno Espírito Santo. O que vai diferir uma passagem de outra é a duração, uma vez que o FC Porto accionou a cláusula de compra de 20 milhões no passado mês de Fevereiro.
Óliver é um daqueles jogadores que cola qualquer adepto de futebol a um ecrã. Não, não é nenhum Messi ou um goleador como Cristiano. Mas consegue tratar tão bem a bola que é impossível negar o talento do número 30 do FC Porto.
Nesta segunda época, ao serviço dos azuis e brancos, está a ter um pouco (e destaco o pouco) menos rendimento do que na primeira. Esta evidência justifica-se pelas diferenças no estilo de jogo de Nuno Espírito Santo e Lopetegui. Ainda assim, o jovem médio apresenta uma eficácia de passe elevada e leva três golos na presente edição do campeonato. Um, destes três golos, foi feito na goleada deste fim-de-semana contra o CD Nacional.
É claro que a imprensa portuguesa não destaca devidamente a sua qualidade, uma vez que está ocupada a destacar outros nomes, como Pizzi ou Felipe Augusto (não estou a ser sarcástico). Mas o que se passa fora das quatro linhas também não interessa.
Enquanto isso, Óliver Torres continua a ser um dos cérebros do onze azul e branco, pausando o jogo quando tem que o fazer ou quebrando desequilíbrios em linhas defensivas mais recuadas, com os seus passes teleguiados.
Óliver é uma maravilha de ver jogar. Sobretudo com o símbolo do clube que o acolheu vindo do Club Atlético de Madrid há dois anos. Uma das poucas boas heranças de Lopetegui.
Foto de capa: Facebook Oficial de Óliver Torres
Artigo revisto por: Diana Martins