Em semana de emoções fortes com 2 jogos muito importantes e com sortes bem distintas para o FC Porto, quem mais se destacou foi Yacine Brahimi.
Depois do jogo frente à Juventus, que terminou com derrota azul e branca por duas bolas a zero, fiz referência a Brahimi como a figura do jogo. Ontem, na difícil vitória no derby da invicta frente ao Boavista voltou a ser o argelino uma das figuras de proa do FC Porto.
Todos nos lembramos daquilo a que costumo chamar: “O furacão Brahimi”. Este furacão passou pela cidade do Porto há quase três anos nos primeiros meses da temporada inaugural do FC Porto de Julen Lopetegui. Yacine de seu nome, passeou classe e espalhou o pânico nos relvados portugueses durante 4 meses a fio. Era capa dos diários desportivos quase “dia sim dia sim” e lá fora os grandes tubarões salivavam perante o brilho do diamante africano que o Porto recrutara ao Granada de Espanha.
Passado o furacão, deu-se “O eclipse Brahimi”. Quatro meses volvidos e, depois de ter disputado a CAN pela sua seleção, era o fim. Parecia que se tinha esgotado o bom futebol de Brahimi. Aparecia, é certo, a espaços, mas o mais usual era vermos um jogador egoísta, inconsequente e previsível. O tempo foi passando e a cabeça do futebolista distanciava-se cada vez mais do clube, da cidade e do país. Diz-se que no passado verão esteve praticamente vendido mas o dia 31 de Agosto chegou e Yacine continuava a ser o dono e senhor da camisola 8 portista. Deu-se, então, um hiato de 3 meses nos quais alternou entre o banco e a bancada.
Neste período chegaram, inclusive, a ser levantadas suspeitas de problemas disciplinares. No entanto, em meados de Dezembro, numa partida frente ao SC Braga, Otávio lesionou-se e Brahimi assumiu, sem mais o largar, o lugar no onze do FC Porto. E desta feita, nem mesmo a presença na CAN esvaziou a sua influência na equipa.
Foto de Capa: Facebook Oficial de Brahimi