Fez ontem 13 anos que o FC Porto venceu o Corunha, no Riazor, carimbando a passagem à final da Liga dos Campeões, que haveria depois de conquistar, pela segunda vez, na final contra o Mónaco. Poderia muito bem ser esse o momento a recordar neste texto, mas não. Hoje optei por ir buscar ao baú uma das noites europeias mais incríveis que o Estádio do Dragão, os adeptos do FC Porto e o próprio FC Porto em particular, já viveram.
Era dia 28 de abril de 2011. Também essa época fora das mais incríveis e poderosas do FC Porto, tanto a nível interno como externo. Em jogo estava a passagem à final da Liga Europa e os azuis e brancos recebiam o Villarreal no jogo da 1ª mão. Villas Boas lançou no campo um onze com Hélton na Baliza; a defesa entregue a Sapunaru, Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira; Fernando, Guarín e Moutinho com as despesas do meio campo; e a frente de ataque sob a alçada de Hulk, Cristian Rodriguez e o intratável Falcão.
Do outro lado estava então a equipa espanhola, que havia eliminado Twente, Bayer Leverkusen e Nápoles até esbarrar contra os dragões. Nessa noite, o técnico Juan Carlos Garrido distribuiu a sua equipa num 4x4x2 com Diego Lopez na baliza; Mario Gaspar, Matteo Musachio, Carlos Marchena e José Catalá na defesa; Soriano, Cazorla, Cani e Borja Valero no meio campo; Nilmar e Giuseppe Rossi na frente de ataque.
Depois de um primeiro tempo pautado por um certo equilíbrio, com ligeiro ascendente dos espanhóis, que chegaram ao golo da vantagem no último minuto da etapa inicial, através de Cani, nada faria prever o que aconteceu depois. Em desvantagem, a equipa portista surgiu completamente transfigurada na segunda parte, e apetecia perguntar o que teria dito Villas Boas ao intervalo. Um póquer de Falcão e um golo de Guarín, após bela jogada individual, mostraram a melhor face de um FC Porto capaz de derrotar qualquer adversário naquela noite mágica. 5-1 foi o resultado final e o passaporte para Dublin estava quase garantido.
Poucas palavras poderão descrever da melhor forma aquilo que se passou naquela noite de abril. Uma exibição portentosa, um Falcão insaciável e toda uma armada azul e branca comprometida na busca por mais um troféu que enriqueceu sobremaneira a galeria de conquistas dos azuis e brancos.
Tão bom recordar estes momentos!
Foto de Capa: Zimbio