Moreirense FC 1-0 FC Porto: Duas equipas abaixo do expectável

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    O FC Porto precisava de ganhar para se apurar e, mesmo essa vitória, poderia não chegar para o apuramento. Estava sempre dependente do resultado que o Belenenses poderia fazer contra o Feirense, tendo ainda de jogar com os vários cenários possíveis: apura-se o primeiro do grupo e,em caso de igualdade de pontuação, o desempate faz-se primeiro com a maior diferença entre o número de golos marcados e sofridos, depois com o maior número de golos marcados e por fim com a média etária mais baixa dos jogadores utilizados. Ou seja, o FC Porto tinha de vencer o jogo e, caso o Belenenses vencesse, marcar mais golos neste jogo do que o Belenenses no jogo contra o Feirense.

    O FC Porto entrava em campo com algumas alterações face ao jogo contra o Feirense, tendo entrado para o XI inicial Felipe, André André, Danilo e Oliver, para os lugares de Marcano, João Teixeira, Rúben Neves e Corona, mantendo a aposta em José Sá, Boly (pouco utilizado esta época) e Depoitre (para aproveitar a maior confiança do gigante belga). Era imperativo vencer o jogo e esperar pelo Belenense-Feirense para se poder apurar para a “Final Four” da Taça CTT.

    Os azuis e brancos dispuseram-se em 4x4x2, com Herrera na direita, André André na esquerda e Brahimi no apoio a Depoitre. O jogo a começar com maior iniciativa de jogo dos dragões, como seria esperado, com boas iniciativas de Maxi Pereira (numa excelente forma) e com uma boa dinâmica de meio-campo com Herrera bem na transição ofensiva e Oliver a pautar os ritmos de jogo. Depoitre, por vezes a estar mais sozinho mas a mostrar maior entendimento e apoio, ao baixar para vir tabelar e retirar a defesa do último terço. O FC Porto pressionava alto na subida o que causava transtorno na defesa da equipa de Moreira de Cónegos. Apesar de tudo, a melhor oportunidade nos primeiros 10 minutos pertenceu à equipa de Augusto Inácio, por Neto, mas José Sá a corresponder com uma boa defesa.

    O FC Porto privilegiava muito a subida dos laterais que eram os jogadores que davam profundidade ao futebol ofensivo dos dragões, beneficiando dos movimentos interiores dos falsos alas portistas. Aos 17 e 18 minutos, Makaridze a brilhar com duas excelentes intervenções a remates de André André e Danilo Pereira. A pressão da equipa de Nuno Espírito Santo fazia-se sentir, com a bola a rondar mais de perto a defesa do Moreirense. Mais uma oportunidade aos 21 minutos para Depoitre mas André Micael com um corte providencial a tirar o golo do belga.

    O jogo continuava com o mesmo ritmo, com os médios dos azuis e brancos a conseguirem penetrar diversas vezes na área dos comandados por Augusto Inácio. Aos 28 minutos, Brahimi a sair do meio de três adversários e a rematar mas Makaridze a impor-se com uma excelente defesa, mais uma a acrescentar às duas defesas anteriores de grau de dificuldade muito elevado. O Moreirense fazia uma pressão baixa, podendo os defesas portistas construir e o meio-campo baixar para construir com maior critério.

    Os azuis e brancos, acelerando, conseguiam criar perigo para a baliza adversária mas a bola teimava em não entrar, com Depoitre a falhar mais uma oportunidade a cruzamento de Herrera. Aos 40 minutos, um penalty por assinalar por falta de Rebocho sobre André André por puxão no braço esquerdo do número 20 portista. Um primeiro tempo com supremacia portista, com variadíssimas oportunidades mas com o guarda-redes georgiano a manter invioláveis as redes do Moreirense. Pedia-se maior critério na hora de finalizar dos dragões na segunda parte para manter viva a esperança do apuramento para a próxima fase da prova.

    Brahimi e Danilo estiveram em destaque, pela negativa, na equipa do Futebol Clube do Porto (Fonte: FC Porto)
    Brahimi e Danilo estiveram em destaque, pela negativa, na equipa do Futebol Clube do Porto (Fonte: FC Porto)

    O FC Porto entrava com o mesmo XI para a segunda parte, a necessitar de marcar para se apurar mas quem se adiantou no marcador foi o Moreirense, aos 49 minutos num lance construído por Rebocho e finalizado por Francisco Geraldes, e com culpas para a equipa de Nuno Espírito Santo, a facilitar muito no lance do golo. A equipa tinha agora de marcar pelo menos dois golos em 45 minutos.

    O Moreirense a contrariar a melhor primeira parte dos dragões, mostrando mais atrevimento e pressão à primeira linha de construção do FC Porto, sem estes conseguirem contrariar. Nuno Espírito Santo estava obrigado a mexer, tirando André André aos 57 minutos para dar lugar a Diogo Jota e a retirar Boly para colocar Corona aos 58’. Opções claramente de ataque, sabendo que o tempo começava a encurtar rapidamente.

    Os dragões apertavam e o Moreirense recorria à falta para travar as investidas portistas. Aos 65’, remate frouxo de Diogo Jota para defesa fácil de Makaridze. O Moreirense sempre que saía em contra-ataque causava calafrios na defesa portista e esta estava a sentir a pressão de não estar a conseguir marcar e a piorar em muito a qualidade da exibição, criando menos perigo para a baliza do Moreirense. O Moreirense a fazer dos últimos vinte minutos, um jogo de picardias, de jogadores no chão e de queimar tempo, tirando ritmo de jogo e ímpeto ao jogo portista. Danilo a ser expulso de uma forma caricata mas o árbitro deve ter as suas motivações para mostrar o segundo amarelo a Danilo Pereira aos 79’. Aos 81’, boa intervenção de José Sá a cabeceamento de Jander.

    Os jogadores do FC Porto estavam de cabeça perdida e Brahimi a ser expulso por acumulação de amarelos aos 84’. Tudo perdido para os dragões, com uma primeira parte de bom nível mas uma segunda parte muito abaixo da qualidade desta equipa e com o árbitro a deixar por marcar um penalty e a expulsar de forma errada Danilo. O Moreirense criou diversas oportunidades, nomeadamente, Boateng e Jander, mas ambos os remates por cima da baliza de José Sá. O FC Porto a pecar por uma péssima segunda parte, com más substituições e com o árbitro a não marcar uma grande penalidade e com Danilo a levar um encosto do árbitro e a ver o segundo amarelo. Sem palavras. 

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    Telmo Martins
    Telmo Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Eterno apaixonado por futebol, tem no Porto a sua eterna paixão. A atualidade desportiva faz parte da sua génese, lendo desde muito novo os jornais desportivos cuja leitura o avô lhe incutia. Vê jogos de futebol com o seu pai desde os três meses de idade (de pequenino é que se torce o pepino). Joga futebol e futsal com os amigos sempre que pode. Tem também pelo ciclismo um apreço especial. Fora de Portugal é adepto incondicional do Tottenham Hotspur e do Real Madrid.                                                                                                                                                 O Telmo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.