Durante esta época ocorreram várias mudanças na estrutura azul e branca, e os resultados começam a ser visíveis. Não quero com isto tirar mérito às várias pessoas que ao longo de muitos anos deram o melhor pelo clube e, na maioria das vezes, obtiveram grandes resultados.
O mercado de inverno foi atacado cirurgicamente, com a contratação certeira de Soares. Um jogador que entrou de forma arrasadora na equipa, sendo neste momento uma peça praticamente imprescindível. Sempre defendi que o mercado interno tinha de ser uma das grandes áreas de recrutamento do clube: os jogadores não precisam de adaptação, e os valores gastos nessas contratações, em comparação com transferências feitas com jogadores de outros mercados, são bem menores. Os casos de Danilo, Soares ou André André são exemplos disso. O plantel foi reduzido de forma inteligente: saíram, por empréstimo, Sérgio Oliveira (Nantes), Adrian Lopez (Villarreal) e, a título definitivo, Evandro e Varela. Com isto baixamos a folha salarial, o que nesta altura de pouco fulgor financeiro é importante. Este trabalho é já obra de Luís Gonçalves e de João Pinto, que neste momento são os homens fortes do Futebol.
Uma outra mudança bastante visível é a forma como o FC Porto comunica neste momento; a entrada de Francisco J. Marques para diretor de comunicação não é alheia a isso. Uma comunicação mais ativa, interventiva e perspicaz é visível. Acredito que estas mudanças já estavam pensadas e em preparação, mas, neste momento, já navegam em velocidade de cruzeiro. A newsletter Dragões Diários foi uma excelente ideia: é uma forma de intervenção inteligente sem desgastar elementos da administração (ou mesmo o seu presidente), ao contrário de um dos nossos rivais, que faz comunicados quase diários no seu Facebook.
Foto de Capa: FC Porto