O céu a quem o merece

    tinta azul em fundo brando pedro nuno silva

    Decorreu, no dia 27 de Outubro, no Dragão Caixa, a gala de entrega dos Dragões de Ouro – os galardões que premeiam quem se destaca pelo seu trabalho no FC Porto. Confesso que por questões de agenda vi pouco da gala mas do que vi não deixei de notar, com visivel satisfação, que o Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa continua a discursar sem precisar de cábulas e continua a ter o mais completo sentido no que diz. Mais do que falar à toa e disparar em todas as direcções, é preciso apontar a mira a quem é de apontar e elogiar quem tem de ser elogiado.

    O reconhecimento público dos atletas, dirigentes e treinadores é necessário. É preciso enaltecer quem faz algo pelo clube e quem luta para que este não pare de crescer. Se há algo que noto com orgulho é a saudade e o carinho com que certos ex-profissionais do clube falam dele; podem até não ser portistas de criação mas no Dragão encontraram a sua casa, nos portistas os seus aliados e nos funcionários o seu amparo.

    No futebol actual, super globalizado, clubes como o Porto têm que fazer a diferença pelo máximo de vias possível – desportiva, financeira, pessoal, enfim, tudo o que ofereça aos seus atletas conforto, ambição e bem-estar para que prefiram continuar connosco quando os euros dos mais ricos os assediarem. O Porto tem que ser o clube que lhes ofereça conforto, a eles e às suas famílias, por forma a que algo pese de forma mais importante na hora da decisão de um jogador em abandonar os Dragões. Se a ambição de um atleta é acima de tudo a glória desportiva, deixar a marca nos adeptos, ser recordado e admirado, então o Porto é também o sítio certo para se estar. Deco encheu um estádio no seu jogo de despedida, Benni McCarthy ainda hoje ouve a sua canção, Madjer é recordado pelo seu calcanhar, Moutinho recebeu um prémio já depois de sair, e podia escrever as próximas páginas de jogadores que deixaram a sua marca, de jogadores que sabem que o Porto os valorizou (e valoriza) e que sabem que este clube recompensa quem lhe faz bem.

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    Todos os galardoados na noite dos Dragões de Ouro
    Fonte: fcporto.pt

    Se olharmos para os nomes mais sonantes dos galardoados, percebemos que para Danilo, Jackson e Ruben Neves talvez o Porto represente hoje algo mais, talvez sintam que os euros do estrangeiro são bons mas que este clube os valoriza. Talvez algum jogador novo se tenha apercebido de que o Porto não é um clube qualquer mas antes um clube de fortes impressões, de pegadas profundas e, portanto, percebam também que apesar de poderem ter vontade de ir embora, enquanto cá estiverem têm de dar tudo e que aqui na Invicta se luta até ao fim. Podem ir buscar riqueza (como se já não a tivessem aqui!) noutro lado mas em termos de glória, reconhecimento, bravura e sentimento dificilmente encontrarão igual noutras paragens. Sejam jogadores à Porto e este será sempre o vosso lar.

    Termino com um muito obrigado aos Dragões de Ouro 2013/2014:

    Atleta do Ano: Jackson Martínez
    Futebolista do Ano: Danilo
    Jovem Atleta do Ano: Maria Francisca Cabral (Natação)
    Treinador do Ano: Ljubomir Obradovic (Andebol)
    Atleta de Alta Competição do Ano: Alfredo Quintana (Andebol)
    Atleta Amador do Ano: Pedro da Clara e Carla Oliveira (Desporto Adaptado)
    Atleta Revelação do Ano: Rúben Neves
    Dirigente do Ano: Eng.º Luís Fernandes
    Funcionário do Ano: Bruno Pinto
    Sócio/Adepto do Ano: Eduardo Vítor Rodrigues (presidente da Câmara de V. N. Gaia)
    Projecto do Ano: Museu FC Porto by BMG
    Parceiro: Unicer
    Casa do FC Porto Nacional: São Miguel e Santa Maria (Açores)
    Casa do FC Porto Internacional: Jersey (Grã-Bretanha)
    Carreira: Eduardo Braga
    Recordação: Prof. Hernâni Gonçalves
    Dedicação: José Luís
    Honra: Fernando Sardoeira Pinto

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    Pedro Nuno Silva
    Pedro Nuno Silva
    Portista de corpo e alma desde que se conhece e amante de futebol, quando o assunto é FC Porto luta para que no meio do coração lhe sobre a razão.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.