Há dias, numa peça jornalística passada num dos canais generalistas, o jornalista referiu que o FC Porto conseguiu até ao momento três vitórias e tinha, consequentemente, 12 pontos conquistados. Ora, torna-se mais ou menos percetível que se trata de um pequeno grande lapso, motivado, porventura, pela surpresa de alguns face ao momento atual da equipa azul e branca. Para muitos, o pleno de vitórias e a dinâmica que se vai instalando na equipa mais não é do que um furar de expetativas que se pensava serem, até há bem pouco tempo, bastante negativas para a equipa de Sérgio Conceição.
O FC Porto prepara-se neste momento para conseguir a quinta vitória consecutiva no campeonato, partir à conquista do 15º ponto e enviar mais uma mensagem forte à concorrência. O primeiro grande teste foi debelado, com sucesso, há cerca de duas semanas, na Pedreira, frente a um Braga que, ainda à procura da melhor forma, se apresenta muito bem apetrechado. Porém, o ciclo que agora se inicia contempla desafios de grande exigência diante de Besiktas (casa), Rio Ave (fora) e Sporting (fora), para além, claro, dos sempre incómodos Chaves e Portimonense, ambos no Dragão. Ou seja, a boa imagem deixada no Minho já lá vai e agora exige-se que ela seja transportada para os próximos jogos, não só pela importância que ganhar terreno aos rivais nesta fase da época tem, mas também pela quase obrigatoriedade de fazer nove pontos nos três jogos caseiros da Liga dos Campeões.
Tudo o que fuja desta perspetiva pode, eventualmente, comprometer o futuro da época, essencialmente numa fase em que SC ainda vai afinando processos e criando rotinas. É nesse sentido que se torna imperativo enfrentar com grande sentido de responsabilidade o jogo deste sábado com o Chaves, uma equipa com excelentes jogadores e com um treinador de superior qualidade, que por mera infelicidade ainda não encontrou o caminho dos triunfos.
A luta promete intensificar-se daqui em diante, não só dentro de campo como também fora dele, pelo que não é possível qualquer tipo de relaxamento e desarme, à sombra dos resultados já obtidos. A grande exigência começa agora, e como sabiamente reconhece Conceição: “o próximo jogo é verdadeiramente o mais importante.”
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira