Segunda volta arranca com ciclo ‘infernal’ de jogos que poderão, senão decidir, pelo menos deixar as coisas bastante encaminhadas, para o bem e para o mal. Embalados pela recuperação de dois pontos ao campeão nacional, os azuis e brancos precisam, urgentemente, de rever o problema da inconsistência ao nível dos resultados.
Após a receção ao Rio Ave, o FC Porto terá uma deslocação complicada ao terreno do Estoril, recebendo na jornada seguinte o Sporting. De seguida, uma curta mas sempre difícil visita a Guimarães, que antecede as receções a Tondela e…Juventus. Numa das fases mais cruciais da época, a equipa de Nuno Espírito Santo está obrigada a mostrar a sua melhor face, que é como quem diz, exige-se que apresente aquilo que ainda pouco conseguiu esta época: consistência vitoriosa.
Não alinho na enxurrada de críticas que chovem de todos os cantos cada vez que a equipa não ganha, carregando-se na ideia de que o FC Porto joga mal. Não, pelo contrário. Joga muito e, quase sempre, bem. Se há coisa a criticar em algumas das exibições dos dragões é a capacidade para finalizar e concretizar o enorme volume de jogo.
Segundo dados do GoalPoint, o FC Porto é, dos três grandes, a equipa que apresenta melhor média de oportunidades flagrantes de golo por jogo (2,2). Quase tanto como a média registada pelos dois rivais juntos: Sporting (1,4) e Benfica (1,2). O problema, como se sabe, tem sido a capacidade de converter em golo o elevado número de oportunidades criadas.
Nesse aspeto, Sporting (59,4%) e Benfica (53,3%) têm revelado maior aproveitamento. Um golo em Paços, em Setúbal e em Belém teria o condão de libertar psicologicamente a equipa e levá-la, consequentemente ao primeiro lugar, com a adição de seis pontos. Atenção, falo sempre daquilo que são os aspetos do jogo que o FC Porto pode e deve controlar.
Foto de Capa: FC Porto