Belenenses 1-1 FC Porto: Falta de inspiração dá nisto

    Pronúncia do Norte

    O FC Porto deslocou-se hoje ao Restelo para defrontar o Belenenses numa partida a contar para a 9.ª jornada da Liga Portuguesa. Vindo de uma moralizante vitória contra o Sporting, os dragões apresentaram praticamente o mesmo onze que no jogo anterior: a única alteração foi a titularidade concedida a Ricardo, que entrou para o lugar de Josué.

    Num relvado em condições inaceitáveis para uma Liga como a nossa, cheio de areia e buracos, ambas as equipas acabaram por protagonizar um espectáculo sem grande qualidade. O resultado final espelha o que se passou no relvado: o empate traduz o equilíbrio no jogo. O primeiro tento do jogo foi obtido por Mangala, que cabeceou na sequência de um livre sobre a esquerda, à passagem da meia hora. O golo do empate foi alcançado três minutos depois: o mesmo Mangala não viu João Pedro atrás de si e, após cruzamento de Freddy, permitiu ao extremo português finalizar à vontade e repor a igualdade que durou até ao apito final do árbitro.

    Os azuis e brancos, que hoje até jogaram só de branco, estiveram muito longe de encantar. Na verdade, foram capazes de destruir a boa imagem deixada no último jogo, com uma exibição paupérrima e um resultado negativo. O FC Porto encontrou um adversário com as linhas muitíssimo recuadas, mas muito bem organizado e com muito critério na saída para o contra-ataque. O Belenenses apresentou-se em campo pronto para a luta, com uma atitude colectiva irrepreensível, e foi recompensado pelo seu esforço. Em destaque, esteve o gigante Mourtala Diakité. Foi mesmo isso: um gigante no meio-campo.

    Otamendi e Diawara / Fonte: maisfutebol.iol.pt
    Otamendi e Diawara / Fonte: maisfutebol.iol.pt

    Do lado do FC Porto, não houve ninguém particularmente inspirado. Fernando, Lucho e Jackson terão sido, eventualmente, os menos maus no conjunto portista, mas não houve um único que escapasse à mediania. Embora o FC Porto tivesse tido muito mais posse de bola – o que não surpreende, de todo -, a verdade é que raramente soube o que fazer com ela. Houve muito pouco dinamismo, uma quantidade absurda de passes falhados, sectores pouco ligados, muito pouca produção ofensiva e demasiados momentos de apatia na exibição portista. A incapacidade de o FC Porto ligar o seu jogo e criar ocasiões foi gritante. Em suma, a equipa de Paulo Fonseca fez um péssimo jogo.

    O número de oportunidades foi repartido e, por isso, não há como contestar a justiça do resultado. O FC Porto fica, assim, com uma vantagem mais curta para o segundo classificado e, se quiser passar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, vai ter de subir os níveis de agressividade, intensidade e concentração no confronto com o Zenit, na próxima Quarta-Feira.

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