V. Guimarães 1-1 FC Porto: 11 metros que deixam tudo na mesma

    eternamocidade

    O FC Porto deixou cair os primeiros pontos na Liga Portuguesa, ao não ir além de um empate a 1 golo, esta tarde, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. Do lado portista, mais do mesmo: Julen Lopetegui voltou a não repetir o onze da jornada passada, na vitória em casa frente ao Moreirense, e para além da troca de Óliver por Herrera, decidiu colocar de início Ruben Neves e Quintero nos lugares de Quaresma e Ádrian López. Do lado do Vitória de Guimarães, destaque para as entradas de Bruno Gaspar para o lado direito da defesa e de David Caiado para o ataque, por troca com o castigado Nii Plange e o lesionado Alex.

    Os primeiros minutos da primeira parte trouxeram um Vitória muito atrevido em campo, com André André a pautar os ritmos de jogo de um meio-campo que tinha em Cafú, jogando à frente do quarteto defensivo, o elemento equilibrador e em Bernard o homem que fazia a transição com o tridente ofensivo vitoriano. Nos primeiros trinta minutos da partida, o FC Porto nunca conseguiu entrar no último terço do terreno, pois Jackson Martinez estava muito desapoiado no ataque e Quintero, descaído para a ala direita, nunca conseguiu criar desequilíbrios na defensiva contrária. No primeiro terço do encontro destaque, por isso, apenas para um remate fraco de João Afonso que permitiu a defesa de Fabiano e para um remate de Brahimi que acabou nas mãos de Douglas. Depois da interrupção de jogo de sete minutos, motivada por confrontos entre a claque vitoriana e a PSP no topo sul do D. Afonso Henriques, os portistas entraram melhor e até final Brahimi podia ter colocado os portistas em vantagem. Nos últimos 10 minutos do primeiro tempo, dois lances polémicos na área vitoriana: Brahimi, na melhor oportunidade portista na primeira parte, foi puxado pelo braço antes do remate; enquanto Hernâni tocou com o braço na área de Douglas, já bem perto do intervalo.

    Jackson Martínez voltou a marcar - com 5 golos, continua no topo da lista dos melhores marcadores  Fonte: zerozero.pt
    Jackson Martínez voltou a marcar – com 5 golos, continua no topo da lista dos melhores marcadores
    Fonte: zerozero.pt

    Na segunda parte, tudo foi diferente, com o FC Porto a ser muito mais rápido e incisivo: Danilo e José Angel incorporaram-se muito mais no jogo ofensivo, enquanto Herrera dinamizou mais o meio-campo. Com a entrada de Evandro para o lugar do apagado Rúben Neves, a equipa de Lopetegui soltou-se mais no terreno e não foi de estranhar a chegada do golo, numa grande penalidade apontada por Jackson Martinez que deixou os portistas em vantagem na cidade-berço. Contudo, quando o FC Porto se preparava para baixar as linhas e controlar o jogo, à semelhança do que tem feito esta época, o Vitória acabou por chegar ao golo no primeiro remate da segunda parte: novamente da marca dos 11 metros, Bernard assinou o seu quarto golo no campeonato e empatou a partida no D. Afonso Henriques. Até ao final, a equipa de Rui Vitória limitou-se a defender, enquanto o FC Porto continuou a esbarrar na defensiva contrária sem criar verdadeiro perigo. Ainda assim, um golo mal anulado a Brahimi (o argelino estava em linha com o último defesa vitoriano) e uma oportunidade escandalosamente perdida por Jackson levaram o FC Porto a não conseguir mais do que um empate, deixando-se apanhar pelo Benfica na liderança e não conseguindo colocar em 6 pontos a diferença para o Sporting. Quanto ao Vitória de Guimarães, uma exibição com muita garra e alma foi decisiva para o conquistar de um precioso ponto, num jogo onde os vimaranenses aproveitaram um erro contrário para marcar o primeiro golo e tirar os primeiros pontos à equipa de Julen Lopetegui.

     

    A Figura

    Brahimi – O argelino foi, de longe, o melhor em campo no D. Afonso Henriques. Sempre o mais desestabilizador no ataque portista, Brahimi ganhou o penalty convertido por Jackson, sofreu outro no primeiro tempo e ainda fez um golo limpo que Paulo Baptista anulou.

    O Fora-de-Jogo

    Rúben Neves – Uma exibição muito apagada do jovem jogador portista, sempre longe daquilo que o jogo pedia. Começa a ficar curto o espaço para a contínua titularidade de Rúben no onze portista.

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