Duelo de aflitos no Marcolino de Castro, colocando frente-a-frente equipas que já não venciam para o campeonato desde 21 de outubro. Este jogo fica marcado pelo adiamento da segunda parte para o dia seguinte, devido a uma falha numa torre de iluminação do estádio.
Vindo de sete derrotas seguidas para todas as competições, o Feirense começou com tudo e logo no primeiro minuto João Silva podia ter aberto o marcador. Na jogada seguinte, foi Tiago Silva a desperdiçar num remate em posição frontal. A resposta forasteira não tardou e aos cinco minutos foi Vasco Fernandes quem podia ter aberto a contagem na sequência de um livre lateral. Depois deste início frenético, o jogo acalmou e tornou-se algo aborrecido.
Aos 20 minutos, numa tentativa arriscada de Nuno Pinto sair a jogar, Hugo Seco roubou-lhe a bola e foi derrubado por Vasco Fernandes dentro da área, não tendo o árbitro João Pinheiro hesitado ao apontar para a marca de castigo máximo. Na conversão, Cristiano ainda adivinhou o lado, mas o remate colocado de Tiago Sila não deu qualquer hipótese de defesa ao guardião sadino.
O jogo continuava a ser muito disputado a meio-campo, com as equipas muito encaixadas uma na outra e com raras ocasiões de golo, exceção feita a um livre direto de Gonçalo Paciência e um remate rasteiro do mesmo, perto do intervalo.
Intervalo esse que durou… perto de 23 horas(!), isto porque houve uma falha numa das torres de iluminação do estádio impeditiva de que o jogo se desenrolasse normalmente, tendo os responsáveis da liga e dos dois clubes acordado que o reatar do mesmo seria no dia seguinte às 16h.
Repensada a estratégia, José Couceiro decidiu colocar em campo uma equipa mais ofensiva, apostando em Edinho para o lugar do defesa Pedro Pinto. No entanto, apesar de um maior domínio da posse de bola, a turma sadina não conseguia incomodar o guardião adversário. Apenas aos 65 minutos, depois de uma boa triangulação na direita, Costinha cruzou tenso e Flávio Ramos ao tentar cortar quase traía Caio que impediu instintivamente que a bola entrasse na baliza. Até final, sempre com mais coração que cabeça, não houve nenhuma oportunidade digna de registo.
A necessidade de vencer sentida pelas duas equipas prejudicou o espetáculo, sendo detetável a falta de confiança dos jogadores de parte a parte. Depois de um bom início de jogo, a qualidade deste caiu abruptamente, com os jogadores muito precipitados, como que se a bola queimasse nos seus pés.
Respiram agora melhor os comandados de Nuno Manta Santos que, mais confiantes, podem fazer muito melhor do que o que têm mostrado. Já o Vitória de Setúbal cai para a zona de despromoção em virtude do triunfo do Estoril e o cenário não é animador, nem dentro nem fora de campo.