O Portimonense regressa aos jogos em casa, desta feita frente ao Club Sport Marítimo para o campeonato português, após duas derrotas fora frente ao Sporting de Braga e Rio Ave. O Marítimo vem de uma jornada Europeia com o Dínamo de Kiev, onde os Madeirenses não conseguiram aceder à fase de grupos da Liga Europa.
A equipa da casa conta com uma vitória e duas derrotas até ao momento, ao invés do Marítimo que já obteve duas vitórias e uma derrota. Apesar de ser um dia de semana, a hora é bastante mais vantajosa para a realização do espectáculo, 20h, um estádio bem composto com forte apoio dos Algarvios, contrariamente ao Marítimo que não conta com qualquer claque de apoio.
A partida iniciou com um Portimonense muito forte, a tentar assegurar a posse de bola, jogo seguro e aguerrido, conquistando inúmeros pontapés de canto, não dando hipóteses ao Marítimo, que só através de contra-ataques é que surgia algum perigo na baliza dos Algarvios.
Nos primeiros 25 minutos de jogo, de realçar um jogo muito intensivo e físico, e o facto do árbitro Vítor Ferreira ter recorrido por duas ocasiões às imagens do vídeo árbitro num espaço de 5 minutos, mas que em nada alterou as decisões iniciais.
A equipa algarvia muito segura e confiante do seu jogo, optou sempre pelos extremos para atacar e foi por onde verdadeiramente criou perigo, contrariamente ao Marítimo, que rapidamente percebeu que criava mais situações de perigo pelo seu lado direito e por muito jogo interior.
Uma primeira parte muito bem disputada, numa luta de poleiros, a verdade é que ninguém se conseguiu realmente impor a ninguém, o Portimonense esteve por cima a maior parte do tempo, mas o Marítimo criou talvez a melhor ocasião de jogo ao minuto 31’ no remate mais perigoso do encontro até ao momento. Os Algarvios podiam ter inaugurado o marcador através da marcação de um livre na meia-lua da grande área, mas este ficou-se pela barreira.
O nulo ao intervalo é justo mas a existir uma equipa a vencer, esses seriam os pupilos da casa, num jogo com arbitragem polémica.
O jogo recomeçou com a entrada do melhor avançado da 2ª Liga da época passada, Pires do Portimonense, a entrar logo no início da segunda parte. Os Algarvios entraram fortes e determinados a inaugurar o marcador, e a “informar” os insulares de que estavam em casa para ganhar, e Paulinho teve uma grande chance para o fazer.
Uma segunda parte mais partida com as equipas a arriscarem mais, ainda que o Portimonense detenha maior posse de bola e portador de mais oportunidades de golo, o Marítimo quando pega na bola no último terço do campo vai naturalmente com perigo, nomeadamente nas bolas paradas.
A arbitragem estava destinada a ser o protagonista do jogo, quando ao minuto 71’ através de Edgar Costa, criou muitas dúvidas se a bola tinha realmente entrado na baliza dos algarvios, o árbitro principal não assinalou nada, e o fiscal de linha também não, quando de repente o árbitro sem recorrer às imagens, valida o golo aos insulares para grande contestação dos adeptos da casa.
Nos instantes finais da partida e após grande insistência do Portimonense, Pires acaba por igualar o jogo ao minuto 84’ criando um vulcão de euforia no Portimão Estádio e justificando o resultado.
No entanto, o balde de água fria ainda estava para vir, quando decorria o minuto 92’ e Ricardo Valente do Marítimo marcou o golo da vitória num belo remate e jogada de contra-ataque Maritimista. Destaque para a fortaleza dos insulares que esteve quase impecável e que soube aproveitar o estilo de jogo de contra-ataque.
O Portimonense certamente que fica com a sensação amarga de que pelo menos poderia assegurar o empate, já o Marítimo consegue vencer ‘fora de portas’ ao fim de 8 meses e alcançar 9 pontos em 12 possíveis.
Estiveram no Portimão Estádio cerca de 2.609 espectadores.