O Rio Ave recebeu e venceu o Boavista na 19ª jornada do campeonato e está agora a sete pontos do quarto lugar. Guedes abriu o marcador ainda no primeiro quarto de hora e Yuri Ribeiro fechou o resultado final já nos descontos com um golo para relembrar.
O Boavista viajou até Vila do Conde para defrontar o Rio Ave, num encontro a contar para a 19ª jornada da Primeira Liga. Separados por apenas seis pontos, os dois conjuntos entraram em campo à procura dar seguimento às boas temporadas, com o Rio Ave a ocupar o quinto lugar e o Boavista no oitavo posto da tabela.
Para os alinhamentos iniciais, os dois treinadores optaram por fazer apenas uma alteração cada em relação ao último jogo. Jorge Simão fez entrar o capitão Nuno Henrique e, do lado do Rio Ave, Miguel Cardoso fez Nélson Monte regressa à equipa, por troca com Marcelo.
O jogo começou aberto e bem disputado, com o Boavista a assumir uma postura atrevida e a chegar por várias vezes às redondezas da área adversária. A equipa de Jorge Simão conseguiu mesmo desenhar boas jogadas de ataque, mas decidiu mal em vários lances e não conseguiu criar verdadeiramente perigo.
A equipa do Rio Ave sentiu o alerta e criou a primeira situação de golo perto dos dez minutos, por João Novais. Lance bem trabalhado pelo corredor direito, excelente cruzamento de Lionn a encontrar o médio entre os centrais adversários e o camisola 17 a cabecear à figura de Vagner, que respondeu com uma defesa por instinto.
Mas o golo acabou por surgir mesmo aos 14 minutos. Cruzamento largo do mesmo João Novais na esquerda, Robson aborda mal o lance e Guedes aparece nas costas da defesa para finalizar. O remate ainda bate no ferro e Vagner ainda chega a defender para longe, mas a bola já tinha ultrapassado totalmente a linha de golo. Nos festejos, o avançado do Rio Ave colocou a máscara do homem-aranha, num momento caricato que acabou por lhe valer o cartão amarelo.
A resposta do Boavista esteve perto pouco depois, ao minuto 18. Grande passe de David Simão em busca da profundidade e Leonardo Ruiz, sozinho com Rui Vieira, a atirar ao lado.
O jogo arrefeceu desde então, com o Rio Ave a procurar congelar a bola e gerir a partida e a vantagem, com os remates de meia distância de João Novais e Francisco Geraldes, que Vagner encaixou sem problemas, a serem os únicos destaques até ao intervalo.
A segunda parte começou sob um intenso nevoeiro, que surgiu no Estádio dos Arcos durante o intervalo. O Boavista começou melhor e podia ter chegado ao golo logo no primeiro minuto, mas Mateus não deu o melhor seguimento a uma boa jogada da turma de Jorge Simão e rematou ao lado em boa posição.
Pouco depois o Rio Ave ficou momentaneamente restrito a dez unidades, depois de Lionn abandonar o relvado para assistência na sequência de um choque de cabeça com Talocha. Com dez unidades, a equipa do Rio Ave procurou explorar as transições e testou Vagner num remate de meia distância de Francisco Geraldes.
O lateral do Rio Ave regressou ao encontro pouco depois, mas acabou por ter de abandonar de novo a partida devido aos ferimentos na cabeça. O brasileiro saiu mesmo de ambulância do Estádio dos Arcos, de onde foi levado para o hospital. Miguel Cardoso fez assim entrar Marcão e deslocou Nélson Monte para o corredor direito.
À passagem do minuto 66, Fábio Espinho apareceu nas costas da defesa da equipa da casa e obrigou Rui Vieira a sair da área para cortar a bola, com o avançado do Boavista a cair e os adeptos visitantes a pedirem falta e a expulsão do guarda-redes da equipa da casa. Hélder Malheiro, contudo, nada assinalou e admoestou mesmo o avançado do Boavista com o cartão amarelo por simulação.
Pouco depois o Boavista ficou novamente perto do golo, mas nem Kuca nem Mateus conseguiram chegar a tempo de desviar o cruzamento rasteiro de Talocha.
Na resposta, já com Nuno Santos no lugar de Barreto, foi Marcelo a ficar perto do golo na sequência de um canto, mas o cabeceamento do defesa central saiu ligeiramente por cima da baliza de Vagner.
Jorge Simão estava insatisfeito com o resultado e também mexeu na equipa para procurar chegar ao golo. Kuca deu lugar a Rochinha e, pouco depois, foi Fábio Espinho a sair para a entrada de Rui Pedro.
O avançado emprestado pelo FC Porto dispôs mesmo de uma boa oportunidade para empatar, quando surgiu solto na área adversária, mas permitiu a defesa de Rui Vieira com um remate cruzado. Na recarga, Mateus ficou novamente perto de marcar, mas Marcão surgiu bem no caminho da bola.
Até ao final o Boavista tentou carregar, mas foram do Rio Ave as melhores oportunidades, com a equipa da casa a conseguir mesmo ampliar. Já depois de Geraldes ter obrigado Vagner a fazer uma defesa apertada, depois de um bom passe de João Novais, Yuri Ribeiro fez o golo da tranquilidade num lance para recordar. O lateral emprestado pelo Benfica arranca ainda a meio do campo, mas ultrapassa as linhas do Boavista, contorna Robson com um grande gesto técnico e não perdoa no frente a frente com Vagner.