Rio Ave FC: Uma equipa sem novidades e margem para inventos

    A época 2016/2017 do Rio Ave avizinha-se tranquila, sem sobressaltos e, à semelhança da temporada transata, talvez seja possível os vilacondenses almejarem novamente uma vaga europeia.

    Com uma preparação naturalmente antecipada comparativamente à maioria dos clubes nacionais devido aos seus compromissos europeus, os orientados de Nuno Capucho, treinador estreante no escalão máximo do futebol profissional português, esboçaram frente ao Slavia de Praga aquilo que viria a ser a face dos rioavistas ao longo da época. Apesar da despedida precoce da competição e dos resultados desfavoráveis frente ao Porto e Braga a contar para a Liga NOS, o afortunado triunfo caseiro no período de descontos diante do Feirense motivou sorrisos no Estádio dos Arcos.

    Desengane-se quem pensa que a elevação dos cantos da boca é sol de pouca dura, dado que o plantel rotinado e a manutenção dos pilares de épocas anteriores conferem condições suficientes para ambicionarem a conquista do número máximo de pontos em cada um dos seus futuros encontros.

    Cássio permanece intocável na baliza, nesta que é a sua terceira época com o símbolo do Rio Ave ao peito, relegando Rui Moreira e o ex-júnior Carlos Alves para o banco de suplentes.

    O quarteto defensivo conta com os indiscutíveis Roderick Miranda e Marcelo no eixo, Rafa Soares na lateral esquerda e Pedrinho na direita. Em adição às jovens soluções que são parte integrante da formação de Vila do Conde, o experiente André Vilas Boas, Aníbal Capela e o recém-regressado Lionn, que poderá assumir a curto prazo a titularidade, são igualmente opções válidas.

    Nuno Capucho é o homem do leme
    Nuno Capucho é o homem do leme

    A mobilidade do meio campo promove ao 11 inicial Pedro Moreira, o elemento mais recuado no terreno que tem a árdua missão de fazer esquecer o bielorrusso Bressan, Wakaso, Tarantini e Rúben Ribeiro, que oscila entre as alas e frequentemente constrói o jogo ofensivo em zonas mais recuadas.

    Na frente de ataque, a perda de Hélder Postiga enquanto referência fixa originou uma interessante luta entre os jovens Gil Dias e Ronan, ficando Guedes com escassos minutos em campo. Como suporte ao ponta-de-lança, o extremo cabo-verdiano Héldon ou Yazalde ocuparão uma das zonas laterais de acordo com as movimentações dos médios ofensivos da equipa.

    A volubilidade do plantel potencia a utilização deste 4-4-2, não sendo de descartar, com as devidas modificações, a opção por um 4-3-3 mais rígido e de menor registo criativo.

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    Daniel Dantas
    Daniel Dantashttp://www.bolanarede.pt
    O Daniel tem 21 anos, é natural de Vila Nova de Gaia e, a par da música, do cinema e da literatura, o desporto é uma das suas paixões.                                                                                                                                                 O Daniel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.