Académica OAF 1-2 Ac. Viseu: A subida já só é uma ilusão

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    A tensão era palpável no Estádio Cidade de Coimbra. Ambas as equipas chegavam pressionadas, e necessitadas de pontos para as respectivas lutas. A Académica, depois de dois jogos sem vencer em casa, procurava reposicionar-se na luta pela subida. O Académico, depois de duas derrotas seguidas, tentava lavar a cara e escalar lugares rumo aos lugares tranquilos.

    A Briosa, assumindo a responsabilidade de jogar no seu reduto, conseguiu libertar-se da pressão e caiu sobre o reduto contrário. Leandro, grande dinamizador, liderou a ofensiva dos estudantes rumo à baliza viseense.
    Marinho primeiro (isolado, tentou um chapéu que saiu largo), e o próprio Leandro (remate de ressaca, à entrada da área, após canto), depois, estiveram perto de coroar estas iniciativas com golos, mas viria a ser Traquina a culminar a entrada fulgurante da Briosa no jogo com o tento inaugural – aos 8 minutos, isolado por um passe magistral de Leandro, atirou a contar.
    O Académico não se conseguiu libertar da pressão. A que era exercida por si, em busca da vitória, e a que era colocada pela Briosa, na saída de bola viseense. Não conseguiu, portanto, fazer mossa na vantagem, meritória, que o seu adversário levava para o intervalo.
    A segunda parte trouxe um Académico mais expedito. Francisco Chalo, treinador dos viseenses, adiantou Zé Paulo, médio de construção e adiantou-o, encostando Sandro Lima, até então referência ofensiva da equipa, à direita. A equipa tirou dividendos – esta mobilidade permitiu ao 90 do Académico combinar com o extremo Tiago Borges, permitindo a assistência para uma entrada triunfante de Zé Paulo que resultou no golo do empate aos 49 minutos.
    Ricardo Ribeiro, guarda-redes da Briosa, é reconfortado pelos apanha-bolas
    Ricardo Ribeiro, guarda-redes da Briosa, é reconfortado pelos apanha-bolas
    A Académica tentou recompor-se, mas o lado direito do ataque do Académico estava com grande dinâmica, e voltou a causar estragos. A dupla Tiago Borges/Sandro Lima, em constantes movimentações, fez a cabeça de Nuno Santos, lateral esquerdo da Académica, em água e voltaram a ameaçar um golo que viria a surgir, 7 minutos depois do primeiro, numa insistência de Zé Paulo. O 30 dos viseenses, ganhou, na raça, uma bola disputada com os centrais e disparou, com força para o golo da reviravolta. 1-2.
    Costinha, treinador da Académica mexeu na equipa, e colocou Ernrst  no lugar de Leandro (os adeptos não gostaram da saída do “maestro”). A Académica ganhou vivacidade, e conseguiu aproximar-se da área viseense graças às iniciativas do ganês, que contemplaram Marinho e Traquina (por duas vezes) com boas oportunidades de devolver a igualdade ao marcador. Não concretizadas.
    O técnico da Briosa forçou a barra e fez entrar Diogo Ribeiro para à frente da ataque, retirando o lateral direito Joao Simoes. A Académica ganhou presença na área, mas perdeu discernimento na construção. Um cenário que não se alterou, nem com a expulsão do guarda-redes do Académico, Rodolfo, por acumulação de amarelos após reincidência na demora na resposicao de bola (corajosa e justa decisão do árbitro Carlos Cabral).
    O final do jogo chegou sem alterações no marcador. O triste cenário de jogadores da Académica prostrados no relvado contrastou com rejúblio do público viseense. O Académico foge, assim, aos lugares de descida directa e a Académica, fruto das vitórias do Aves e do Varzim fica mais longe da ambicionada subida.
    Pedro Machado

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