O CD Nacional regressou às vitórias caseiras, que já fugiam desde dezembro de 2016, frente ao FC Famalicão, numa tarde de condições climatéricas altamente irregulares. Apenas dez minutos antes do pontapé-de-saída, o nevoeiro regressava ao Estádio da Madeira, chegando mesmo a impedir que se vissem as extremidades do terreno de jogo. À hora do apito inicial, contudo, já o sol brilhava e o calor começava a fazer-se sentir.
O encontro arrancou a meio-gás e nem as temperaturas, que chegaram a rondar os 27ºC, nem o estado do relvado na Choupana ajudavam à qualidade do jogo. O Nacional procurava assumir a partida, enquanto o Famalicão tentava os contra-ataques rápidos, mas nenhuma das formações era particularmente feliz.
Ao intervalo, o nulo permanecia, imperando a igualdade e equilíbrio entre duas equipas que procuravam esticar o jogo às balizas, embora sem grande critério. Os famalicenses eram ligeiramente mais desembaraçados na frente e dispuseram mesmo da melhor oportunidade para marcar, mas o remate de Willian foi intercetado antes da linha de golo pelo central Júlio César, cobrindo o batido guarda-redes Daniel Guimarães.
Para a segunda parte, regressou muito mais ativo o Nacional, dispondo de três boas oportunidades, logo nos primeiros sete minutos e, depois de uma boa arrancada de Camacho, foi Murilo a desperdiçar a melhor oportunidade para os homens da casa. Os extremos insulares eram mesmo os mais perigosos e verticais intervenientes no jogo.
Sem chegar ao golo, contudo, o ímpeto nacionalista foi arrefecendo e foi numa fase de menor intensidade que o golo chegou, aos 67 minutos, na cobrança de um livre. Kaká foi quem adiantou os insulares, com um golo algo caricato e até um pouco anti climático.
Em vantagem no marcador, o Nacional pressionava os famalicenses e quase chegava novamente ao golo, quando a bola bateu caprichosamente nos dois postes, sem transpor a linha de baliza. Não chegou então, mas chegou mais tarde o segundo tento alvinegro, quando Jota respondeu da melhor maneira à jogada iniciada por Witi na esquerda.
O Nacional dominava por completo a partida e estava bem perto de aumentar a vantagem, pressionando alto e forçando vários erros adversários. Demonstrando claras melhorias na fluidez do seu jogo e embalados pelo bom momento, os madeirenses chegaram mesmo ao terceiro, na sequência de um pontapé de canto finalizado de cabeça por Júlio César, aos 87’.
Vitória clara e justa do Nacional, que venceu no seu estádio pela primeira vez em 2017. Ainda com algumas falhas no terço de ataque, especialmente no último passe e na finalização, os alvinegros conseguiram melhorar imenso o seu jogo na segunda parte e a eficácia lá surgiu. Uma vitória que serve de motivação para um Nacional em crescendo e de boa prenda para os adeptos, numa tarde de calor e humidade altíssimos.