SC Covilhã 1–1 FC Famalicão: Na Segunda Liga também há bom futebol

    Cabeçalho Futebol NacionalFoi sob condições climatéricas perfeitas para a prática do futebol, céu limpo sem muito calor, no Complexo Desportivo da Covilhã, que o jogo da 7.ª jornada da Ledman LigaPro entre o Sporting Clube da Covilhã e o Futebol Clube de Famalicão teve lugar.

    A equipa da casa apresentava-se aos seus sócios com um novo rosto no banco, José Augusto assumiu o posto de treinador após a demissão, a meio da semana, de Filipe Gouveia, mas não havia tempo para apresentações e demonstrações, a Covilhã necessitava de um bom resultado urgentemente tendo em conta a classificação a que colocava em zona de despromoção. O Famalicão pelo contrário, iniciou o seu campeonato de uma forma muito positiva e encontra-se neste momento na luta pelos lugares de promoção à Primeira Liga, eram por isso duas realidades distintas aquelas que se opunham nesta tarde.

    O jogo arrancou com muita velocidade de ambas as equipas, os jogadores estavam no auge das suas capacidades físicas e não queriam desperdiçar a oportunidade de marcarem um golo cedo, o golo acabaria por não acontecer, mas foi o Sporting da Covilhã que dispôs das melhores oportunidades para o fazer, o clube da serra tinha uma estratégia simples, mas que dava resultado, a velocidade de Renato Reis foi constantemente explorada pela equipa da Covilhã e quase sempre o lateral-direito conseguia criar perigo através de cruzamentos e jogadas de contra-ataque, foi definitivamente o melhor jogador em campo nesta primeira parte, a defesa do Famalicão apesar de muito coesa, não fosse o treinador Dito um antigo defesa-central do Benfica, não encontrava maneira de parar Renato Reis.

    A primeira oportunidade de golo do jogo, surgia pois claro, para o Sporting da Covilhã á passagem do minuto 7, uma excelente arrancada de Fatai para o remate à figura do guarda-redes do Famalicão, Leonardo. A melhor oportunidade da primeira parte viria a acontecer aos 31 minutos com um cruzamento de trivela por Renato Reis que encontrou Hudson desmarcado e só com a baliza à sua frente, Hudson cabeceava a bola para fora e os adeptos da Covilhã desesperavam com a quantidade de oportunidades desperdiçadas da sua equipa.

    A verdade é que a qualidade de jogo vista na primeira parte foi de excelência, ambas as equipas jogavam um jogo aberto e equilibrado, ainda que o Famalicão demonstra-se mais dificuldades no último terço do campo do que a Covilhã, a equipa de Dito possuía durante mais tempo a posse de bola, a melhor oportunidade (e única) para o Famalicão aconteceu de bola parada aos 35 minutos, um livre batido para dentro da área da Covilhã por Feliz foi desviado de cabeça por um jogador do Famalicão que só não entrou graças a uma excelente defesa do guarda-redes da Covilhã, Igor Rodrigues. O jogo estava constantemente mexido e o árbitro Vasco Santos também ajudava ao espectáculo que se assistia, a primeira parte teve pouquíssimas faltas e paragens de jogo. Acabava assim uma primeira parte cheia de acção com o nulo registado no marcador, excelente primeira parte de ambas as equipas com o Sporting da Covilhã mais perto de marcar.

    O Presidente da Liga de Clubes esteve na Covilhã a acompanhar o desafio Fonte: SC Covilhã
    O Presidente da Liga de Clubes esteve na Covilhã a acompanhar o desafio
    Fonte: SC Covilhã

    O início da segunda parte acentuou esta tendência e o Sporting da Covilhã entrou pressionante no meio campo do Famalicão, o golo tinha que acontecer e aconteceu, aos 48 minutos, Raul Almeida na posse da bola desde a entrada do meio campo viu o “buraco” na defesa do Famalicão e disparou para um grande golo, fora da área, Leonardo ainda tentou a defesa, mas só “ajudou” a bola a ir para dentro com as suas mãos, tal era a força que o remate levava. Fazia-se justiça no Complexo Desportivo da Covilhã e o Sporting da Covilhã fez por merecer o golo, embalados por este excelente arranque e com um Famalicão “perdido” em campo, o Sporting da Covilhã voltou a dispor de uma excelente oportunidade para aumentar a vantagem do marcador aos 53 minutos, Fatai a fazer um excelente remate em jeito, dentro da área, para a defesa de Leonardo que impediu assim o segundo golo do Sporting da Covilhã.

    Seria assim, nesta melhor fase do Sporting da Covilhã em campo, que o Famalicão num golpe de contrapé chegaria à igualdade no jogo, grande abertura de Feliz, aos 58 minutos, a isolar o capitão Jorge Miguel que rematou à baliza e a bola a passar por entre as pernas do guarda-redes Igor Rodrigues, estava estabelecida a igualdade na Covilhã.

    A partir daqui o jogo tornou-se bastante confuso, ambas as equipas procuravam a vantagem, mas com muitas perdas de bola, más decisões, era uma fase de desconcentração para as duas equipas em que os poucos lances de mais perigo teriam sempre origem nos erros provocados por essas desconcentrações, o jogo começava a ter imensas paragens por faltas e as duas equipas apostavam nas bolas paradas para criar perigo, aquilo que havia sido então um jogo aberto e interessante, tornava-se num jogo aborrecido e parado, talvez o cansaço das duas equipas ajude a explicar este facto.

    O jogo terminaria assim, com 1-1 no marcador, os leões da serra demonstraram ser a equipa mais inconformada nos últimos minutos e tentaram desesperadamente chegar ao golo da vitória, mas nada eficaz pelo que o resultado manteve-se até ao final do jogo, o Famalicão mostrou-se a equipa mais feliz com este resultado, um resultado que se aceita tendo em conta o volume de jogo que cada equipa criou ao longo da partida, mas que pode deixar um amargo de boca ao Sporting da Covilhã, porque foi, sem dúvida, a equipa sempre mais perto do golo e era a equipa que mais desta vitória necessitava, ainda assim, José Augusto com quatro dias de trabalho deixou boas indicações para o inicio do seu trabalho na Covilhã.

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    Rui Pedro Cipriano
    Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.