O incentivo:
Após a chegada de Fábio Coentrão, a comunicação social, nomeadamente os jornais desportivos com quotas pagas pela administração encarnada, invocou sérias críticas à opção tomada pelo defesa em assinar pelo Sporting. Num claro incentivo ao ódio, violência e destabilização pessoal foi proclamado, junto de uma claque não oficial, que deveriam fazer repulsa, raiva e ofensas ao internacional português.
Como o antigo treinador Toni disse, e bem: “O amor à camisola já foi chão que deu uvas”. Totalmente de acordo com esta observação! Quem não se lembra de Carrillo? Na época transacta, o Peruano decidiu não renovar pelo clube de Alvalade para assinar pelo seu maior rival. Estaria André Carrillo insatisfeito? Faltava algo no dia-a- dia de Carrillo que o Sporting não poderia colmatar? Como é lógico, nada faltava a Carrillo, a não ser aquilo que alimenta a maioria dos profissionais do futebol: a cor do dinheiro. E, nessa altura, não foi proclamado em “praça pública” com insinuações directas à claque do Sporting, o incentivo à violência. Tal como essas entidades subordinadas pela administração encarnada o fazem quando alguém, ligado ao Benfica, troca o clube da Luz por Alvalade.
Não é que Coentrão tenha optado por jogar de verde e branco por uma questão monetária. Mas optou, sim, por trabalhar com aqueles que acreditam no seu valor e apresentaram um projecto sólido que incentivou o craque português a jogar de Leão ao peito. Diga-se, a sua primeira paixão quando pequeno. Conta a história que quando despertou a atenção dos grandes clubes portugueses, Fábio revelou ter grande admiração pelo Sporting. Mas, a proposta apresentada ao Rio Ave foi metade da que o Benfica ofereceu. Desta forma, Coentrão foi desviado para o outro clube da 2ª circular, mas nunca esqueceu o primeiro clube que o fez vibrar enquanto jovem.