A Esperança e o Natal são verdes

    porta

    E, de repente, chegou Dezembro. Hoje é dia de Natal, dia de família, de prendas e de Esperança. E tal como a Esperança, o verdadeiro Natal é verde, algo que nem a mais famosa marca de refrigerantes pode mudar.

    2015 foi um ano cheio de misturas sentimentais; foi um ano de vitórias, conquistas, desilusões e poucas – mas marcantes – derrotas. Os meses de Janeiro e Fevereiro ditaram o afastamento de duas competições: Taça da Liga e Liga Europa, respectivamente. Algo encarado como normal, uma vez que uma delas é uma taça que só interessa ao “Menino Jesus” e a outra não era uma das prioridades da época. Ainda assim, ficou a sensação que o jogo de Alvalade frente ao Wolfsburgo poderia ter tido outro resultado e dado outro destino à eliminatória.

    Já o mês de Março, trouxe um dos grandes dissabores da época. A derrota – vergonhosa – no Dragão, por esclarecedores 3-0, afastou definitivamente os leões do título e mostrou, acima de tudo, que os leões de Marco Silva não tinham a estaleca necessária para enfrentar os portistas e, sobretudo, o rival da Luz.

    O último dia de Maio trouxe o maior e mais saboroso momento do ano de 2015. A vitória com contornos épicos no Jamor, conquistada nas grandes penalidades e depois de um empate alcançado já para lá dos noventa minutos, deu uma despedida condigna a Marco Silva e trouxe para Alvalade uma Taça que nos escapava há demasiado tempo.

    A chegada do Verão a Alvalade pode ser descrita como “quente” ou até “a ferver”. De escorraçado da Luz à recepção apoteótica de Alvalade passaram pouco mais de um par de dias na vida de Jorge Jesus. O desejo de Virgolino Jesus cumpriu-se  – finalmente – e o treinador bicampeão chegava à sua “cadeira de sonho”. Com esta entrada, as posições entre os lados da segunda circular extremaram-se e o clima de guerra chegou para ficar. Situações vergonhosas de parte a parte, discursos encomendados e personalidades bacocas apareceram em cena e ridicularizaram duas das maiores instituições desportivas portuguesas.

    O dia de aniversário do clube trouxe consigo uma das melhores prendas possíveis: O regresso de Jesus a casa Fonte: Sporting CP.
    O dia de aniversário do clube trouxe consigo uma das melhores prendas possíveis: O regresso de Jesus a casa
    Fonte: Sporting CP.

    A época desportiva 2015/2016 não podia ter começado de forma melhor para o Sporting Clube de Portugal. A vitória na Supertaça de Portugal,  em terras algarvias, veio trazer justiça a Jorge Jesus e veio dar início à mudança de paradigma no universo leonino. Deixamos de procurar desculpas para as – demasiadas – derrotas frente aos encarnados e começamos uma sequência que vai, até ao momento, em três vitorias consecutivas.

    Ainda assim, o mês de Agosto ditou também o afastamento da milionária Liga do Campeões. Uma eliminatória disputada até ao último segundo e em que o Sporting merecia seguir em frente.
    O último trimestre trouxe o Sporting até à liderança do campeonato; com vitórias categóricas na Luz, três pontos conquistados a ferros nos últimos segundos e uma nova mentalidade em todo o grupo de trabalho. Mérito total para Jorge Jesus e para a cultura vencedora que conseguiu trazer a uma equipa jovem mas que por vezes falhava nos momentos capitais. Como momentos menos bons, a exibição horrível e o resultado trazidos da Albânia. Algo que nenhum Sportinguista pode – ou deve – esquecer, até porque tem que ser uma lição a ser aprendida: Não interessa o adversário ou o seu nome, quando se veste a camisola verde e branca, todos os jogos são para vencer.

    Dezembro chegou, e com ele o afastamento da Taça de Portugal e uma derrota inesperada na Madeira. Confesso que tinha grandes esperanças em relação à prova rainha, queria voltar ao Jamor e a todo aquele ambiente que não existe em mais nenhum lado em Portugal. Os três pontos perdidos na Madeira foram apenas algo que faz parte do futebol, num jogo que parecia saído do “Football Manager”, inúmeros remates e posse de bola, guarda redes adversário como melhor em campo e um golo sofrido no único remate à baliza do União da Madeira.

    Falta um jogo ainda até ao término do ano, mas o resultado é o menos importante no jogo frente ao Paços de Ferreira. A Taça da Liga deve ser utilizada como prova para apostar nos jovens leões e nos jogadores menos utilizados por Jorge Jesus. Digo isto porque o verdadeiro foco dos leões terá que estar no jogo que se vai disputar no dia 2 de Janeiro, e em recuperar a liderança perdida para o FC Porto. Voltar ao lugar que merecemos e, espero eu, com uma exibição convincente como a conseguida na Luz, terá que ser a prioridade. Quero um leão autoritário, mandão e cheio de vontade de ser campeão.

    2015 foi o regresso dos leões aos títulos e ao topo do panorama futebolístico nacional, algo que terá que ter continuação no próximo ano. Confesso que tenho as Esperanças altas, que tenho grandes expectativas para o trabalho de Jesus e que quero festejar em Maio o título nacional que nos faltou este ano. Já é altura disso, temos equipa para tal, e temos os melhores adeptos do Mundo nas nossas bancadas.

    Em nome da Bola na Rede, e como editor da Secção Sporting Clube de Natal, os meus sinceros votos de Feliz Natal para todos os nossos leitores. Para os Sportinguistas, que todos os vossos desejos se cumpram e que passem esta época junto das vossas famílias, com o máximo de felicidade possível.

    O meu desejo para 2016 é simples: espero vos ver, Sportinguistas, a festejar comigo em Alvalade, no próximo mês de Maio.

    Boas Festas a todos!

    Foto de Capa: Sporting CP

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    Vítor Miguel Gonçalves
    Vítor Miguel Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    Para Vítor, os domingos da sua infância eram passados no velhinho Alvalade, com jogos das camadas jovens de manhã, modalidades na nave e futebol sénior ao final da tarde.