Nunca entendi verdadeiramente a importância de um Capitão… Nunca entendi porque o poder de uma braçadeira poderia fazer diferença numa equipa, pois afinal, falar com o árbitro deveria ser uma expressão (educada) de liberdade.
No “meu” Sporting tive Capitães de raça (lembro-me de “Oceanos” e “Sá Pintos”), tive Capitães de classe (lembro-me de “Barbosas” e “Moutinhos”) mas nunca um tão completo, tão motor da equipa, tão líder incondicional de um grupo como o nosso Adrien Silva.
Um jogador não pode marcar tanto uma equipa como o nosso Capitão faz, pois sempre que ele não está em campo ou no relvado, parece que perdemos o nosso equilíbrio. Ele é o Yin de uma equipa que joga em Yang. Quando ele não está, o nosso Sir William, transforma-se num jogador mais nervoso, com menos discernimento, e todos os restantes parecem ficar “perdidos e sem rumo”. No início da época veio o choque, com o nosso capitão anterior para sair. Com muito esforço do Sporting e dele, acabou por ficar; depois veio a lesão, no mês horribilis do Sporting e agora o Leicester parece voltar à carga.
Adrien, lembra-te da tua promessa do último objectivo que ainda não cumpriste: ser campeão com o Sporting Clube de Portugal, lembra-te como foste recebido após teres pressionado para sair. És um dos nossos, não deixes agora de acreditar, porque todos (adeptos, equipa, staff técnico) acreditam que contigo é possível. Todos juntos vamos fazer-te atingir o teu último objectivo e aí, aí fazemos juntos a festa e vais continuar a sonhar e ter novos objectivos.
Adrien, tu és o nosso capitão, aquele que “comanda uma expedição, um exército, uma armada”
Foto de capa: Sporting Clube de Portugal