Muito provavelmente estou na iminência de cometer um erro ao juntar dois dos assuntos que mais geram confusão, conflito, mas mesmo assim vou arriscar, até porque são também dos que mais geram amor e fé incondicional. Estou portanto a falar de Futebol e Religião. E a verdade é que, apesar do que referi antes, os mais crentes e simultaneamente mais fanáticos costumam associar uma à outra, chegando a fazer promessas ao Pai, e/ou ao Filho, para que através do Espírito Santo lhes conceda o milagre de ver o seu clube ganhar.
Ora bem, e se há jogo que nos faz recordar esse espirito de fé transportado para o futebol, é o próximo clássico jogado no Dragão. Não que alguma das entidades superiores da Santíssima Trindade lá vá fazer algum tipo de aparição ou milagre (e se isso acontecer, que o faça para que ganhe o Sporting) mas porque dois dos seus intervenientes transportam no seu cartão de cidadão nomes que evocam duas das entidades que a compõem, o Filho e o Espírito Santo. Curiosamente os dois líderes das equipas que se irão defrontar.
Esses dois líderes, quais guias espirituais, têm nas suas fileiras, bravos guerreiros que irão para o jogo com fé de que o poderão ganhar. Espero que os jogadores do Sporting não confiem só na fé para tentar ganhar, mas que trabalhem com afinco para conseguirem os seus objectivos. Porque esperar que o Pai ou o Filho os ajudem, sem que os próprios se esforcem para o merecer, será meio caminho andado para perder. E por falar em Filho (Jesus), o nosso treinador, como guia, deve então dar aos seus jogadores o treino, os ensinamentos que possam levar de vencida a equipa adversária, corrigir posicionamentos, tentar recuperá-los psicologicamente e ter fé que eles consigam, com o seu esforço, trabalho e qualidade, fazer um jogo suficiente para ganhar ao adversário.