A vitória do Sporting para o campeonato nacional de andebol frente ao Benfica na passada quarta-feira (31/05) foi mais um exemplo de devoção e glória sportinguista. O Pavilhão Multiusos de Odivelas esteve repleto de adeptos do clube verde e branco, criando-se um ambiente frenético, eletrizante e apoteótico quer no apoio à equipa durante o jogo, quer nos festejos após o embate. Mais um exemplo da cultura eclética do clube protagonizada por parte dos melhores adeptos do Mundo. Mas as conquistas não ficaram por aqui. No fim-de-semana anterior, a conquista da Taça Challenge afirmou o Sporting como potência desportiva a nível europeu.
Realça-se sobretudo nesta equipa uma grande união no balneário que, aliada à experiência de alguns jogadores, foram os fatores preponderantes para o esforço, a devoção e a glória nesta época. Este clima interno encontra no treinador Hugo Canela um dos seus principais artesãos. Revelou ser sempre um exímio conhecedor do sistema tático adversário e capaz de lhes “dar a volta” dentro da quadra. Marca-o também a simplicidade nas declarações públicas, de respeito por qualquer adversário mas com ingredientes discursivos capazes de alimentar a motivação dos atletas. O seu trabalho faz-nos acreditar no valor e potencial dos treinadores lusos.
Acredito que um clube, para se afirmar verdadeiramente eclético, não pode ficar-se por ter x ou y modalidades. O seu ecletismo é, principalmente, produto e resultado da mobilização dos adeptos para as modalidades, numa atitude de defesa intransigente do emblema onde quer que ele esteja, independentemente da competição ou da escala, nacional ou planetária. E nesta época, tal como nas anteriores, a vibração sportinguista fez-se sentir no apoio às modalidades, nomeadamente nas de pavilhão. Somos hoje, como o éramos no passado (mas infelizmente não muito recente), um clube eclético, o Sporting de Moniz Pereira, o Senhor Atletismo e, permitam-me, o Senhor Modalidades.