As várias batalhas do Sporting

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    O Sporting vai jogar esta segunda-feira em Guimarães uma das cartadas mais importantes da época, num dos jogos mais difíceis que terá na mesma. O duelo perante os Conquistadores avizinha-se bastante intenso, com muitos nervos à mistura, e onde, à partida, os “leões” terão uma grande baixa: Adrien Silva.

    Digo “à partida” porque tenho uma secreta esperança de que Jorge Jesus esteja a fazer bluff quanto à impossibilidade de utilizar o capitão de equipa nesta partida. A intensidade, a agressividade e a clarividência que tem são fundamentais na máquina leonina e a sua ausência é uma valente quantidade de areia que é colocada na engrenagem. Contudo, existem duas soluções para colmatar esta lacuna: ou a entrada direta de Aquilani para o onze inicial, ou a mudança de João Mário para a posição de Adrien, com a entrada no onze de um extremo como Gelson Martins, que faça a posição de João Mário. Eu preferia ver o internacional italiano a atuar de início, num dos jogos onde terá de se esforçar mais na sua carreira. Durante o jogo, caso o resultado não esteja favorável, aí acho que se devia apostar em J. Mário no meio e num extremo rápido na ala direita.

    Depois deste rápido olhar sobre a batalha de Guimarães, vou falar de outro combate que o Sporting tem tido nesta temporada: os jogos contra equipas pequenas em casa. Depois de alguns resultados negativos, os “leões” voltaram a vencer um jogo deste tipo, na passada semana, frente ao Boavista. Ainda que tenhamos de contar com a extrema agressividade e a enorme quantidade de faltas cometidas pelos elementos do Boavista (com a permissão do árbitro Rui Costa, que conseguiu o feito de não assinalar a maior parte dessas faltas), os “verde e brancos” voltaram a fazer uma exibição que, em termos ofensivos, ficou aquém daquele que tem sido o padrão normal da equipa. É preciso ser muito mais intenso e agressivo nos primeiros minutos dos encontros, para não permitir que o “inimigo” ganhe mais confiança e argumentos com o desenrolar dos minutos.

    Além disto, queria deixar um reparo ao treinador: que eu saiba, não são proibidas substituições na primeira parte por falta de esforço dos jogadores que estão em campo. Assim sendo, não percebi o porquê de Teo Gutiérrez ter jogado tanto tempo frente aos “axadrezados”. Quando vi, esta semana, as declarações (claramente exageradas, tendo em conta o alvo das mesmas) de Aurelio De Laurentiis, presidente do Nápoles, em que este disse que Higuaín parece ter um tijolo nos bolsos quando está a correr, lembrei-me logo de Teo. O colombiano, esse sim, parece que tem de pedir autorização a uma perna para poder mexer a outra; faz-me bastante impressão: como é que tem tanto tempo de jogo apresentando este nível exibicional tão pobre?

    Aquilani parece estar a tocar violino. Sem Adrien terá de ser carregador de pianos… Fonte: Sporting CP
    Aquilani parece estar a tocar violino. Sem Adrien terá de ser carregador de pianos…
    Fonte: Sporting CP

    Outra batalha é perante a arbitragem suja e corrupta, para não dizer outra coisa, que continua em força no futebol. Esta semana, recebemos duas notícias positivas nessa guerra: a eleição de Gianni Infantino como novo presidente da FIFA e o anúncio de que Vítor Pereira não se vai recandidatar à presidência do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Esta segunda boa nova deve ter deixado muitos adeptos de futebol contentes e um restaurante da capital mais aflito, dado que poderá perder clientes na próxima época.

    Ainda assim, V.Pereira não deixou de conceber mais um fim de semana habilidoso a nível de nomeações, com Cosme Machado a apitar na Luz, João Capela no Belenenses-FC Porto e Tiago Martins em Guimarães. Penso que toda a gente perceberá a ligação óbvia entre João Capela, Cosme Machado e “incompetência” (sim, as aspas foram colocadas de propósito). Já para quem não conhece Tiago Martins, recomendo dois jogos importantes que teve este ano: Benfica-Estoril e Nacional-Benfica.

    Por fim, mais uma batalha na qual Bruno de Carvalho terá um papel absolutamente decisivo. Existe muita podridão a tentar ser conhecida às custas do Sporting Clube de Portugal. Alguns deles até se assumem como possíveis candidatos à presidência do clube.  Não é por acaso que, nesta semana que encerra, aconteceu um almoço num conhecido centro comercial lisboeta com Luís Filipe Vieira, Dias da Cunha, Bagão Félix, Menezes Rodrigues, entre outros. Estes foram os que apareceram numa fotografia tirada ao repasto. Contudo, houve duas caras que eu próprio vi no mesmo restaurante, a essa mesma hora: João “Mr. Burns” Gabriel e… Rui Barreiro. Sim, um dos homens que se afirmam sportinguistas, opositor de Bruno de Carvalho, almoçou com o atual presidente do Benfica e com o seu porta-voz. Penso que isto é suficiente para aquilatar as intenções deste indivíduo ao “colar-se” ao Sporting. Espero que os sócios nunca lhe dêem a mínima hipótese de ser presidente do clube. Porque, para energúmenos deste calibre, já nos bastou Godinho Lopes. Bruno de Carvalho, é preciso cuidado redobrado com este tipo de gente!

    Uma última dica para os adeptos que se têm mostrado muito indignados com a atitude “verde e branca” perante as competições europeias. Mais importante que passar umas eliminatórias da Liga Europa é participar e tentar ganhar dinheiro e prestígio numa Liga dos Campeões. Ora, se o Sporting for campeão, garante também a entrada direta na “Champions” da próxima época, onde poderemos ganhar mais só por participar na fase de grupos do que se ganhássemos a Liga Europa. Ficam satisfeitos assim?

    Foto de capa: Sporting CP

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    Diogo Janeiro Oliveira
    Diogo Janeiro Oliveira
    Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.