O Sporting disse hoje adeus às competições europeias. Olhando para a exibição que os leões fizeram hoje em Alvalade, os adeptos podem afirmar que esta eliminação não faz jus àquilo que se passou ao longo dos 180 minutos. É certo que a quantidade de oportunidades falhadas nesta segunda mão deixam um amargo sabor de boca, pois fica a sensação de que o Sporting podia, no mínimo, ter levado o jogo para intervalo. Mas a falta de eficácia, aliada à má sorte que tem marcado os últimos jogos dos leões, não permitiu que a eliminatória acabasse em melhor porto.
As duas oportunidades que o Sporting criou na primeira mão – e que não foram transformadas em golo – começam por ser as primeiras situações que traçam o destino dos leões nesta competição. Um golo fora teria dado muito mais argumentos à formação de Marco Silva para discutir este segundo encontro.
Quanto ao jogo em si, o Sporting fez a exibição que era necessário fazer para poder continuar a sonhar. Só faltaram os golos. Uma atrás de outra, as oportunidades iam surgindo, fazendo sentir em Alvalade que o golo do desbloqueio podia estar para chegar. Mas não passou de um amargo aroma que não mais abandonou o palco do encontro até ao apito final, pois não chegou a transforar-se num número mais sorridente no marcador.
Fosse através de Tanaka, de Nani, de João Mário ou até mesmo de William Carvalho – que remate de pé esquerdo! E de longe! –, o Sporting não desistiu e mostrou as garras em todos os lances que disputava e em todos os ataques que criava.
Fosse por causa de Diego Benaglio – que exibição! –, do poste ou da falta de eficácia dos actores leoninos, o golo teimava em não aparecer. E não apareceu, apesar das inúmeras oportunidades de golo criadas.
Mas se há coisa de que os sportinguistas se podem orgulhar hoje é da entrega de todos os jogadores que intervieram no encontro, deixando em campo sangue – e Nani que o diga! – e suor, não baixando os braços em nenhum momento do encontro, nem mesmo nos minutos finais, quando a eliminatória já tinha fugido aos leões.
Custa-me ver o Sporting ser eliminado de uma competição onde poderia ter chegado mais longe. Mas seguindo a lógica “do mal, o menos”, o Sporting é eliminado deixando a sensação de que, com Benaglio em pior forma, o destino dos leões poderia ter sido mais risório.
Com o orgulho ferido, obviamente, saímos de cabeça erguida e cientes de que o nosso futuro nesta competição ficou comprometido cedo demais, e tal só é possível porque em campo mostramos aquilo que valemos e aquilo de que somos feitos. Apesar de tudo, obrigado, rapazes, por terem honrado essa camisola!
A Figura:
Benaglio – foi o homem do encontro e a ele se deve muita da sorte que o Sporting hoje não teve.
O Fora-de-Jogo:
(Falta de) eficácia leonina – a um nível destes, contra uma equipa desta qualidade e quando se exige pragmatismo acima de tudo, não se pode ser tão perdulário como o Sporting foi em dois ou três lances no encontro de hoje.
Foto de capa: UEFA