Antes de o jogo começar, a vitória seria algo que até o mais cauteloso adepto do Sporting teria como certa. A verdadeira dificuldade parecia ser a de se saber quantos golos iria a equipa verde e branca marcar frente a uma equipa que estava numa posição intranquila da Segunda Liga Portuguesa.
As novidades do elenco de Jorge Jesus foram muitas, promovendo a estreia de Beto e de Douglas em jogos oficiais, e os golos até surgiram cedo. À passagem dos primeiros dez minutos, Markovic colocou os leões na frente com um golo cheio de oportunidade e aproveitando um ressalto na área do Famalicão.
O golo do Sporting tranquilizou – quiçá em demasia – a equipa leonina, que se acomodou com a vantagem e apenas em jogadas esporádicas tentava incomodar o guardião Gabriel.
No banco, Jesus não se mostrava tranquilo e corrigia incessantemente o posicionamento dos jogadores da sua equipa, sendo Petrovic um dos jogadores mais chamados à atenção. O médio sérvio acabou por ter um jogo para esquecer, lesionando-se perto do intervalo e obrigando JJ a mexer na equipa aquando do regresso aos balneários.
Na segunda parte, e com a entrada de William, o Sporting ganhou confiança a meio-campo. O internacional português não tinha o seu regular parceiro – leia-se Adrien – e não conseguiu mexer com o jogo como habitual. Elias, o parceiro substituto, mostrou-se numa fase de aprendizagem e voltou a fazer uma exibição medíocre.
Pior ainda foi Alan Ruiz, que cada vez mais se transforma numa enorme incerteza. O jogador argentino voltou a realizar uma exibição apagada, mostrando uma enorme capacidade de se esconder do jogo.
O Famalicão aproveitou esta falta de rotina leonina para ganhar confiança e ir-se aproximando da baliza do regressado Beto, e nunca se conformou com o resultado.
A entrada de Gelson veio trazer qualidade ao jogo do Sporting, mostrando que a chamada à selecção nacional trouxe ainda mais magia e confiança; no entanto, continuou a faltar ao jogo do Sporting alguém que o pautasse a meio-campo, assistindo-se assim a um encontro muito corrido e pouco controlado.
Em suma, o jogo juntou uma equipa que está a fazer um mau campeonato na Segunda Liga, querendo mostrar-se nestes jogos da Taça de Portugal e contra um candidato ao título nacional, e outra composta por muitos jogadores com poucas rotinas entre si mas que querem mostrar trabalho e qualidade ao treinador. Ora, disto resultou um jogo de precipitações, de constantes perdas de bola e ataques rápidos, sem que a equipa do Sporting, a ganhar desde cedo, conseguisse controlar o jogo.
Uma vitória esperada, em ritmo baixo, e pensando já no jogo frente ao Borussia Dortmund da próxima terça-feira.