A pré-época de futebol começou para o Sporting, com o objectivo de preparar a equipa para o play-off da Champions League.
Os primeiros testes, apesar de mostrarem muitas arestas por limar, mostram já alguma qualidade na troca de bola, na pressão à perda da mesma, e algum entrosamento entre jogadores de grande qualidade que temos no nosso plantel. Tudo isto me faz ter muita confiança para a próxima época, que aumenta ainda mais se pensarmos que falta chegar a nossa espinha dorsal, os nossos capitães acompanhados da mais recente pérola da academia Sporting.
No meio deste optimismo surge a ansiedade por perceber quem, dos internacionais, ficará no plantel. Saia um, dois ou três, a equipa ficará sempre mais fraca uma vez que se tratam dos três capitães da equipa juntamente com o nosso maior desequilibrador. São jogadores que cresceram dentro do Sporting, que carregam os valores do clube, e podem transmitir aos mais novos e aos de fora o que significa representar este clube, e o que os adeptos esperam deles.
Por mim ficariam os quatro. Mas isso sou eu que desejo apenas ter os melhores jogadores na minha equipa. E com melhores não quero dizer os que custaram dez, quinze, ou vinte milhões, quero dizer os que sentem o clube e lutam por ele até ao fim.
Esta minha vontade não deixa, no entanto, de ser egoísta, uma vez que, apesar destes jogadores já se encontrarem no melhor clube do mundo, existem outros que têm mais poder financeiro (sim, porque a qualidade de um clube não se mede pelo dinheiro que tem – o que é relativo se depois analisarmos o tamanho da sua dívida – mas pelos valores que defende e pelos quais se rege) e que lhes podem proporcionar um maior conforto para o resto da sua vida. Entendo por isso que alguns destes jogadores, todos eles por diferentes razões, tenham a ambição de melhorar as suas vidas profissionais, aparecendo à cabeça Adrien por ser o que tem menor margem de manobra pela idade que tem, podendo considerar ser a altura ideal para abraçar outro projecto, ainda que menos ambicioso, mas mais vantajoso.
Quanto ao “timing” para venda, li há uns dias que o Sporting quereria manter os jogadores até ao final do play-off da Champions League, e que só depois os libertaria. Ora isto pode trazer vantagens desportivas para o clube, mas dificilmente as terá para os jogadores que venham a sair. É que, ao jogarem o play-off pelo Sporting deixam de poder contar como trunfos nas competições europeias que o seu futuro clube venha a disputar. Isto cria dois cenários.