Marcos Acuña: um upgrade à esquerda


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    Com o estágio na Suíça quase no fim, o presidente Bruno de Carvalho apresentou e viajou com o novo reforço Marcos Acuña para junto da restante equipa. No entanto, apenas em terras portuguesas (no jogo de apresentação e no Troféu Cinco Violinos) e com o ínicio do campeonato nacional, foi possível ver o novo reforço em ação relativamente integrado.

    Apesar de ainda estarmos no início da época e, por isso, ser prematuro fazer análises detalhadas aos reforços, Acuña é um daqueles jogadores que dificilmente engana e para já tem sido um reforço no verdadeiro sentido da palavra. Com poucas semanas de treino junto dos novos colegas, aquilo que se viu no primeiro jogo da época aguçou (e muito) o desejo dos adeptos leoninos de verem aquilo que valerá mesmo o reforço mais caro deste mercado quando os processos de entrosamento e integração estiverem completos.

    Acuña veio para o Sporting para reforçar o lado esquerdo do ataque leonino, algo que estava em falta desde a época passada com a queda de rendimento do habitual titular Bryan Ruiz. Este ano, com a sua dispensa era ainda mais urgente arranjar uma alternativa válida que se impusesse desde logo no onze titular. Para já, Acuña está a cumprir com as expectativas. Defensivamente, tem sido uma grande ajuda para Fábio Coentrão, sobretudo porque tem uma grande noção da ocupação dos espaços e isso traz-lhe grandes vantagens na hora de defender.

    No processo ofensivo, é um jogador que gosta de cruzar bolas para a área, algo que mais uma vez faltou na época passada e que Bas Dost teria agradecido que acontecesse com mais frequência. Apesar de não ser especialmente forte no um contra um (ou pelo menos ainda não o demonstrou) sabe combinar na perfeição com os colegas para chegar a zonas de perigo. E, não raras vezes, aparece à entrada da área para dar uso ao seu portentoso pé esquerdo, uma arma que pode ser letal e muito importante contra equipas que se fechem defensivamente como tantas vezes acontece no campeonato português.

    O remate de meia distância é uma das armas de Marcos Acuña Fonte: Sporting CP
    O remate de meia distância é uma das armas de Marcos Acuña
    Fonte: Sporting CP

    Com 25 anos de idade, muitas dúvidas se geraram sobre a sua qualidade devido ao facto de não ter dado o salto para a Europa mais cedo. No entanto, isso parece ser apenas um caso de desatenção dos clubes do velho continente pois Acuña tem a capacidade para jogar em campeonatos mais competitivos que o argentino. Apesar do elevado valor pago pelo extremo, é muito provável que o jogador justifique em campo cada cêntimo pago por si.

    Se fizermos uma comparação direta com o seu antecessor costa-riquenho, o Sporting fez um excelente negócio e reforçou a sua ala esquerda sobretudo porque Bryan Ruiz foi ficando lento a decidir, o que trouxe grandes dores de cabeça a Jorge Jesus. Acuña é, sem dúvida, uma mais-valia para a equipa e a curto e longo prazo pode trazer-nos muitas alegrias.

    Foto de Capa: Sporting CP

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    Cláudia Figueiredo
    Cláudia Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    Sportinguista devota desde que se conhece, o futebol é o seu desporto de eleição. Quando jogava, era médio-ofensivo de posição, mas agora prefere a bancada. A menos, é claro, que a convidem para uma peladinha entre amigos.                                                                                                                                                 A Cláudia escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.