Nacional 2–2 Sporting: Uma resposta que ainda não é suficiente

    sob o signo mozos

    Sporting e Nacional têm um historial muito diferente nesta competição. Se do lado leonino se registam 15 Taças de Portugal do lado da formação insular não se regista qualquer presença numa final desta competição. Oposto é também o momento de forma que cada equipa vive: o Nacional vinha de uma série de bons resultados ao passo que o Sporting, depois da eliminação da Liga Europa, vinha de uma pesada derrota no Dragão.

    Talvez à conta da péssima exibição dos leões na última jornada do campeonato, Marco Silva operou cinco mexidas no onze inicial. O facto de ser um jogo a meio da semana e de haver baixas forçadas também podem ter levado o técnico leonino a fazer uma gestão da equipa.

    O jogo começou algo indefinido, com muitas perdas de bola e com as equipas algo desconcentradas. A partir dos 15 minutos de jogo, as duas formações começaram a criar oportunidades de perigo e o jogo chegou ao intervalo com bons indicadores de parte a parte. De destacar um remate de Carrillo, à passagem do minuto 33, que foi intercetado quase em cima da linha de golo e um tiro de Tiago Rodrigues a fechar a primeira parte que esbarrou no ferro da baliza de Rui Patrício.

    Os bons indicadores traduziram-se num bom recomeço do encontro. As equipas começaram a criar mais espaços, a correr mais riscos e a forçar o erro do adversário. O primeiro – do Nacional – golo surge num lance de bola parada: Tiago Rodrigues cobra um livre em direcção à baliza, o guarda-redes do Sporting não agarra uma bola que parecia fácil e permite que Luís Aurélio se antecipe e coloque os insulares em vantagem.

    O Sporting reagiu bem, e três minutos depois respondia na mesma moeda: livre cobrado por Jefferson e cabeceamento de Tobias Figueiredo, que restabeleceu assim a igualdade no marcador. O jogo continuou animado e aos 59 minutos de jogo o Nacional voltava a colocar-se na frente do marcador através de Lucas João, que respondeu da melhor forma a um centro que partiu do lado esquerdo da formação da Madeira.

    Os leões estavam obrigados a reagir, tendo de lidar com a pressão psicológica crescente de não poderem perder mais encontros para poderem reverter o mau ciclo de resultados nas últimas semanas. E reagiram bem, sobretudo desde que Slimani e Adrien saltaram do banco para mexer com o jogo da equipa. O Sporting começou a crescer e a jogar bem e o sangue fresco só fez bem aos pupilos de Marco Silva. Pena esta qualidade não se ter verificado mais cedo, pois o Sporting podia ter saído da Choupana com um resultado mais positivo. Curiosamente, após a expulsão de Miguel Lopes a equipa de Alvalade subiu de rendimento.

    Foi com naturalidade que os leões acabaram por chegar à igualdade através dum bom lance de ataque que Mané finalizou com a frieza e a inteligência necessárias a oito minutos do fim do tempo regulamentar.

    O encontro chegou ao fim com o Sporting por cima. Ficou a sensação de que os jogadores leoninos ainda não se recompuseram do afastamento da Liga Europa, do mau resultado no Dragão e do afastamento da luta pelo título. Esperemos que Marco Silva possa encontrar uma solução para pegar nos pontos positivos que se verificaram hoje e estimulá-los para a equipa voltar à boa série de jogos que se verificaram antes do chocante jogo com o Benfica em Alvalade, que foi o início duma onda de irregularidade que destabilizou a equipa.

    Figura

    Adrien Silva – com a entrada do médio luso-francês o Sporting começou a ter uma ideia de jogo mais definida e a organização nas transições foi claramente melhorada. Seria bom ver Adrien a voltar à sua melhor forma.

    Fora-de-jogo

    Miguel Lopes – embora a expulsão seja injusta (não me parece que o segundo amarelo seja justificado), o lateral direito ainda não me convence e acaba por ser imprudente na forma como aborda o lance que fez com que Carlos Xistra o expulsasse.

    Foto de Capa: FPF

     

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    José Pedro Mozos
    José Pedro Mozos
    O Zé Pedro nasceu um dia sob o signo do leão, assim como uma das suas maiores paixões: O Sporting. Desde aí que o seu percurso tem sido traçado a verde-e-branco. Vibrou com os grandes triunfos e sofreu com os desaires, mas nunca deixou de apoiar o clube leonino. Escrever para este site é só uma das muitas formas de expressar aquilo que sente pelo Sporting.                                                                                                                                                 O José não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.