É praticamente consensual referir que Jorge Jesus, desde que chegou ao Sporting na época 2015-2016, revolucionou o reino do Leão. Até aí o Sporting era uma equipa pouco ambiciosa, com ativos desvalorizados, e a praticar um futebol pouco ou nada atrativo. Com a sua chegada, o Leão rugiu novamente, apesar de ainda não ter conquistado os títulos que certamente todos nós, sportinguistas, desejamos.
Esta revolução no Sporting operada por Jorge Jesus, não pode ser dissociada do conhecimento técnico-tático do treinador português. Jesus montou um verdadeiro laboratório desde que chegou a Alvalade. O 4-4-2, com a derivação para o 4-1-3-2, é a sua miraculosa Solução algo que, ao que parece, veio para ficar nesta equipa do Sporting. Os jogadores percebem isso e os adeptos respondem bem àquilo que Jesus ensaia no seu laboratório tático. Venham os títulos!
O Sporting é hoje, fruto não só mas também de Jorge Jesus, um clube diferente. Houve uma transformação tática mas sobretudo uma mudança ao nível dos processos, da filosofia e da mentalidade de jogo. Alguns ex-jogadores do Sporting, que foram orientados por JJ, nomeadamente Ezequiel Schelotto, referem que o técnico português é um exímio conhecedor de táticas e de sistemas de jogo. Schelotto referiu recentemente: “Jorge Jesus é um vencedor, o Conte português. (…) Quando quer explicar alguma coisa, chama os jogadores ao quadro e faz perguntas: parece que estamos na escola”.
No mesmo sentido, uma das nossas vedetas nesta época 2017-18, Bruno Fernandes, em declarações à Sporting TV, referiu que: “O mister Jorge Jesus tem uma cultura tática enorme. Parece um treinador italiano”. A referência ao futebol italiano por parte de Bruno Fernandes não deve ser algo a desvalorizar: o jogador português atuou, como sabemos, boa parte da sua carreira neste futebol e conhece a filosofia de jogo e a elevada cultura tática dos transalpinos. Dizer isto tem peso, vindo de quem vem.