E já que estamos nesta moda de impunidade, existe alguém à solta que assalta casas de clientes e armadilha contas bancárias, com liberdade até para entrar em listas para eleições de clubes, sendo-lhe até dada credibilidade suficiente para acusar alguém de forjar mails. É-lhe até dado direito de antena desde que ataque o clube do qual é supostamente sócio e adepto.
Mas o que é isso num país que tem tantos processos de corrupção a decorrer, e alguns já arquivados, sem que alguém de relevo seja acusado e condenado, ou onde quem tem dívidas de milhões pode não pagar, enquanto outros são presos por roubar um chocolate no supermercado?
E tudo isto acontece porque todos eles se conhecem, todos eles conhecem os tais telhados de vidro de cada um, tornando-se quase uma “guerra fria” em que cada um tem conhecimento sobre o outro que pode utilizar quando bem lhe aprouver, não o fazendo unicamente porque sabe que isso originaria o contra-ataque em que todos ficariam a perder.
Entretanto Caxias continua com celas reservadas que nunca serão ocupadas, tornando-se mais um caso de má gestão do estado. Sabem como poderiam fazer com que eles para lá fossem de livre vontade? Se aprovassem para lá um projecto de moradias de luxo, nem precisam de lhes mostrar o caminho. Experimentem, mas façam portas que só abram por fora.
O Sporting esse, tenta de todas as formas, junto de todas as instâncias possíveis, devolver novamente o futebol ao público, ao sócio comum, e por isso é combatido pelos poderes instalados através de todos os esquemas que consiga montar. Bem sei que é difícil largar o poder, mas algum dia terá que acontecer. E acontecerá quando o comum adepto decidir que quer novamente ver um futebol justo, pressione as instituições governamentais e estas retirem o poder quase autónomo instalado no futebol português. Porque o futebol por sua livre vontade nunca irá mudar.
Foto de Capa: Getty Images