Transformou-se numa verdadeira máquina de fazer golos, tornando-se no maior goleador português de todos os tempos, detentor de uma série de recordes provavelmente imbatíveis, liderando então o ataque do Sporting durante doze épocas, nas quais foi sempre o melhor marcador da equipa, integrando duas míticas linhas avançadas: a que ficou conhecida como os “Cinco Violinos” da qual ele era o “stradivarius” e a que lhes antecedeu, onde tinha a companhia de Mourão, Pireza, Soeiro e João Cruz. Neste período, conquistou um Campeonato de Portugal, cinco Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e a Taça Império, tornando-se no terceiro jogador com mais títulos conquistados ao serviço do Sporting.
Na sua carreira, Peyroteo, ao serviço do Sporting, marcou 526 golos em 325 jogos. No Campeonato Nacional foi o melhor marcador por seis vezes, estabelecendo um recorde de 43 golos em 19 jogos, que só seria batido em 1974 por Yazalde que marcou 46 golos mas em 29 jogos. Num só jogo marcou nove golos ao Leça e oito ao Boavista, conseguindo ainda marcar seis golos numa única partida por quatro vezes, cinco golos por nove vezes, quatro por dezoito vezes e 38 hat-tricks.
Peyroteo estreou-se na Selecção Nacional logo na sua primeira temporada ao serviço do Sporting, no célebre jogo em que Portugal conseguiu um histórico empate na Alemanha. O avançado leonino foi somando golos e internacionalizações ao serviço da seleção nacional, registando treze golos em vinte partidas. Surpreendentemente, Peyroteo resolveu retirar-se em 1949 com apenas 31 anos, conta-se que esta decisão foi motivada pelo facto de uma loja de artigos desportivos que abrira em Lisboa o ter deixado com algumas dívidas, pelo que na ânsia de as liquidar resolveu fazer a sua festa de despedida, um hábito da altura, que proporcionava sempre algum dinheiro aos jogadores que estavam de saída.