Queixinhas, o novo exército do boicote

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    Em semana de seleções, continua a polémica no futebol português. As virgens ofendidas da Luz descobriram a palavra “boicote” no dicionário e decidiram começar a dar-lhe uso.

    A rábula começou na Gala das Quinas de Ouro, no início da semana, onde o Benfica não compareceu. Os encarnados gostam de associar os comunicados a Bruno de Carvalho e ao Sporting, mas pegaram na moda durante esta semana. Começaram na segunda feira, com um documento onde dizem alarvidades como “inequívoca dualidade de critérios da justiça desportiva”, ou “O Benfica continuará o seu projeto de engrandecimento do futebol português”. Não sei qual das duas será mais ridícula… O Benfica queixa-se da “dualidade de critérios da justiça desportiva” mas, pelo contrário, não se queixa da dualidade de critérios que existe dentro das quatro linhas. Aí calam-se e só abrem a boca quando não ganham, através do seu treinador que leva seis milhões às costas para protestar com os árbitros no centro dos campos de futebol.

    Um golo para seis milhões de queixinhas e quatro milhões de malfeitores Fonte: Seleções de Portugal
    Perante o boicote da formação do Benfica, tiveram de ser André Silva e Ronaldo a marcarem os golos portugueses
    Fonte: Seleções de Portugal

    Depois deste triste episódio das Quinas de Ouro, veio o boicote ao jogo da seleção no Estádio da Luz. Ninguém da estrutura benfiquista esteve presente no seu próprio estádio em apoio à seleção. Não sei se já adivinhavam que o onze escolhido por Fernando Santos ia ter sete jogadores formados no Sporting e nenhum da melhor formação do Dubai, ou se foi apenas porque não houve colinho em Paços de Ferreira. Aliás, a formação do Benfica já vem fazendo boicote ao onze da seleção há muitos anos. Não participo da corrente dos que já dizem que a seleção devia deixar de jogar na Luz. A nossa seleção tem um excelente registo de resultados no Estádio da Luz, e a estupidez dos dirigentes do Benfica não deve ser motivo para uma tomada de decisão tão extrema. Fica o registo dos boicotes, dos comunicados e dos protestos, antes de um mês onde o Benfica vai defrontar os seus dois maiores rivais. Nada é por acaso, e Luís Filipe Vieira e a sua pandilha têm tudo muito bem estudado.

    Depois, vem a lengalenga da coação aos árbitros. A música é-nos transmitida por um treinador que vai sempre questionar os árbitros quando não ganha e pelos “comentadores” especialistas do choro e do boicote.

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    Diogo Janeiro Oliveira
    Diogo Janeiro Oliveira
    Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.