Real Madrid CF 2-1 Sporting CP: É duro perder assim

    sporting cp cabeçalho 2O Sporting Clube de Portugal entrou a perder na Liga dos Campeões 2016/17. Os “leões” estiveram a ganhar até bem perto do fim, mas os espanhóis conseguiram dar a volta nos últimos minutos, sem que tenham feito muito por isso.

    Na primeira parte, os “leões” entraram de forma bastante personalizada e segura em campo. Jorge Jesus optou por colocar Bruno César a jogar no apoio a Bas Dost o que contribuiu também para o maior equilíbrio de forças a meio campo, quando o brasileiro descia para apoiar William Carvalho e Adrien Silva. O jogo foi bastante equilibrado, com os portugueses a serem bastante rigorosos nas coberturas e nas saídas para o ataque, tendo cometido muito poucos erros. Jorge Jesus montou uma teia extremamente bem preparada em campo, tendo mostrado mais uma vez que é um dos melhores do mundo na sua profissão. Tanto assim foi que os espanhóis não tiveram nenhuma oportunidade flagrante de golo nos primeiros 45 minutos. Cristiano Ronaldo nunca teve espaço perto da área “verde e branca”, Benzema esteve muito apagado e Gareth Bale foi o avançado “blanco” que mais vezes teve a bola. Contudo, falhou sempre no momento do último passe. Toni Kroos e Modric tiveram muitas dificuldades para se incorporarem no ataque, devido às atuações de Adrien Silva e William Carvalho.

    No lado contrário, foi Gelson Martins o principal destaque das investidas leoninas. O português teve um duelo bastante interessante com Marcelo, em que ganhou numas vezes e perdeu noutras. Contudo, teve um remate perigoso para Casilla e ainda fez um cruzamento venenoso que não teve correspondência na pequena área. Pelo meio, Casemiro teve de recorrer várias vezes à falta para parar os ataques do Sporting. Contudo, os “leões” também nunca conseguiram materializar em golo as oportunidades que tiveram.

    O golo do "Chuta Chuta" não foi suficiente para a vitória Fonte: Sporting CP
    O golo do “Chuta Chuta” não foi suficiente para a vitória
    Fonte: Sporting CP

    A segunda metade abriu com o golo leonino. Adrien Silva começa a jogada com um pormenor técnico genial sobre Benzema e Bruno César finalizou com precisão, após assistência de Bryan Ruiz. O internacional sub 21 português continuou endiabrado no lado direito do ataque, tendo desenhado mais algumas jogadas de perigo até ser substituído, já exausto, por Lazar Markovic. Os “merengues” começaram depois a sobrecarregar mais no ataque, com as entradas de Morata, Lucas Vázquez e James Rodríguez. Contudo, retirando uma bola de Ronaldo ao poste esquerdo, os espanhóis não tiveram oportunidades gritantes para marcar.

    As saídas de Adrien Silva e Gelson Martins penalizaram os “leões”, dado que fizeram bastante falta nos minutos finais, na luta do meio campo e nas saídas para o ataque. O Real continuou a carregar, e Ronaldo empatou o jogo com um livre direto ao ângulo superior da baliza de Rui Patrício. Nos descontos, surgiu o grande balde de água gelada, com Morata a cabecear para o golo após um cruzamento de James.

    A invasão verde e branca a Madrid esteve perto de ser totalmente bem sucedida, tendo faltado mais cinco minutos de concentração máxima e sorte ao Sporting. Foi um dos melhores jogos que vi o Sporting fazer na minha vida. Os sportinguistas podem sentir-se bem orgulhosos dos seus jogadores, pois fizeram uma partida fantástica em Madrid. A arbitragem de Paolo Tagliavento, apesar de não ter tido influência direta no resultado, foi bastante caseira, como o provam a expulsão de Jorge Jesus e a forma escandalosa como Casemiro conseguiu acabar o jogo sem ver o cartão amarelo, quando William e Adrien foram amarelados “facilmente” pelo italiano. Ainda assim, a comitiva portuguesa deixou uma grande imagem da equipa que é perante a Europa do futebol. Nada está perdido e estes pontos terão de ser recuperados na receção ao Légia, na segunda jornada. Importante agora é preparar a muito difícil deslocação a Vila do Conde na próxima partida do campeonato. Jorge Jesus terá de recuperar animicamente os seus jogadores, depois de um dos resultados mais injustos que o futebol viu nos últimos anos.

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    Diogo Janeiro Oliveira
    Diogo Janeiro Oliveira
    Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.