Ser Sporting: Esta época e a próxima

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    Ser Sporting… O que é ser Sporting? É algo difícil de explicar mas que só nós, os verdadeiros sportinguistas, conseguimos sentir. Não é fácil expressar por palavras porque nem uma simples palavra tem a capacidade de expressar algo tão grandioso. O que nós sentimos é fácil de expressar por sentimentos e por atitudes que, todos os anos, nos fazem acreditar que podemos chegar ao titulo nacional.

    Todos sabemos os tempos mais negros que o Sporting viveu recentemente. Ninguém consegue esquecer aquela época e sobretudo a gestão desastrosa e danosa que nos atirou para o pior registo da história do Sporting, com um sétimo lugar. Mas, se o Sporting se conseguiu reerguer, voltar a ter uma posição forte e recuperar a sua identidade, isso deve-se sobretudo aos incansáveis adeptos que tem. Adeptos de plástico existem em todos os clubes, é certo, mas fomos nós, adeptos, que colocámos o Sporting novamente no rumo certo e colocámos as pessoas certas à frente do clube. É certo que todos cometem erros; Bruno de Carvalho e todo o seu restante staff já cometeram erros. Mas daí a não serem as pessoas certas no lugar certo vai um caminho muito longo.

    Toda a gente reconhece que esta época do Sporting está a ser um fracasso, sobretudo porque as expectativas ficaram altíssimas face à época transata e porque o Sporting se apresentou a um grande nível e, ainda assim, não conseguiu conquistar o campeonato que durante tanto tempo liderou e com uma vantagem pontual consideravelmente boa. Eu acredito no meu clube, apoio o meu clube e todo o staff que trabalha no dia-a-dia em prol do Sporting de forma incondicional , mas sou sincero e realista: seria muito complicado fazer uma época tão boa como a do ano passado.

    Seria quase impossível o Sporting ter novamente uma vantagem de oito pontos sobre o seu rival mais directo e não ser campeão nacional. Porque nós sabemos que falta também ao Sporting a estrelinha de campeão. Para além disso, é complicado manter os nossos maiores activos no plantel e com maior qualidade, tais como João Mário e Slimani, ou até mesmo Teo Gutiérrez, que, apesar do seu temperamento, não deixa de ser um jogador com enorme qualidade e bastante importante no processo táctico de Jorge Jesus.

    Islam Slimani deixou saudades em Alvalade e Bas Dost parecia não ter uma missão fácil em substituir o argelino. Mas a verdade é que rapidamente o "holandês voador" conquistou os adeptos verde-e-brancos. Fonte: www.sousporting.com.pt
    Slimani deixou saudades em Alvalade e Bas Dost parecia não ter uma missão fácil, a de substituir o argelino. Mas a verdade é que rapidamente o “holandês voador” conquistou os adeptos verde-e-brancos
    Fonte: www.sousporting.com.pt

    Com isto, não estou a criticar a gestão que foi feita; as vendas que fizemos foram negócios excelentes, f0ram valores-recorde no clube, e isso também diz muito sobre o trabalho que está a ser feito por esta direcção. Critico o facto de se terem cometido alguns erros de casting, tais como André, Markovic, Castaignos, ou até Elias.

    Critico também o facto de não reforçarmos os sectores mais fragilizados, tais como as nossas defesas laterais. Mas a minha opinião sempre foi: não se consegue fazer omeletas sem se ter ovos, ou seja, não tínhamos os jogadores ideais para o que requer o sistema táctico de Jorge Jesus. Porque João Mário e Bryan Ruiz ajudavam mais o meio-campo, não o deixando tão exposto, e não obrigavam a um maior esforço por parte de William e Adrien. Ou até porque Slimani era indispensável na pressão, e muitos golos que concretizávamos deviam-se ao facto de ele nunca dar um lance por perdido, e porque Teo era mais um apoio ao meio-campo e também procurava muito bem os espaços.

    Mas isto quer dizer que não tínhamos qualidade suficiente para lutar pelo primeiro lugar? Não. Temos o melhor treinador em Portugal e temos excelentes jogadores mas, às vezes, a qualidade não chega e é preciso mais. É preciso sermos inteligentes e termos atitude! Inteligentes porque se não temos jogadores para jogar, por exemplo, em posse de bola ou em pressão alta porquê insistir num modelo de jogo que não vai dar o rendimento desejado à equipa e ao jogador? É necessário salvaguardar e proteger o jogador e a equipa.

    Se nunca se encontrou a solução ideal para jogar ao lado de Bas Dost (Alan Ruiz subiu e muito a forma), e por termos jogadores este ano mais objectivos nas alas como Gelson ou até Campbell e Matheus, por termos agora jogadores como Podence ou Geraldes, porque não se apostou por exemplo num 4-3-3? Se os jogadores não rendem ou a equipa não rende é necessário haver mudanças.

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    Tiago Silva
    Tiago Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Apaixonado pelo desporto, mas em especial pelo futebol e pelo Sporting Clube de Portugal. Tem um gosto especial por analisar e entender, os vários aspetos tácticos presentes num jogo de futebol. Tem ainda a ambição de se formar em Jornalismo Desportivo e de ser Treinador de Futebol. Por enquanto, mete sobretudo os seus conhecimentos em prática na escrita e no Football Manager.                                                                                                                                                 O Tiago escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.