Sporting e Estoril entraram em campo com as respectivas classificações já definidas. O clube leonino jogava em casa o último jogo de uma época que superou todas as expectativas, ao passo que o Estoril, como já vem sendo hábito, findou mais uma excelente temporada, acabando em quarto lugar só atrás dos três grandes, com o acesso à Liga Europa garantido e com a melhor pontuação de sempre da história do clube. Com os objectivos alcançados, ambas as formações entraram em campo apenas para cumprir calendário.
As equipas entraram dispostas a ganhar o jogo, com onzes ambiciosos e com vontade de finalizar a época da melhor maneira. Do lado do Sporting tentava-se alcançar um belo registo: não perder em casa para nenhuma competição na época 2013/2014. Do lado dos canarinhos, tentava-se igualar o Benfica como a equipa que tem o melhor registo de jogos fora nesta edição do campeonato português.
Domingo à tarde, 16h00, e o jogo começa. O Sporting entra muito nervoso e inseguro, com o Estoril a entrar mais decidido. Reflexo de isso mesmo foi o penálti cometido por Marcos Rojo, num rasgo de desatenção pouco visto no defesa-central ao longo desta temporada, logo aos cinco minutos. Evandro não desperdiçou a oportunidade e fez o primeiro e único golo da partida.
Os leões não conseguiram reagir e aos 13 minutos Bruno Lopes esteve perto de aumentar a vantagem do Estoril, mas o cabeceamento saiu a poucos centímetros da baliza de Rui Patrício. Aos 19 minutos André Martins cai na área e o juiz da partida não tem dúvidas e assinala grande penalidade a favor do Sporting. Adrien, que nunca tinha falhado um penálti nesta temporada, não conseguiu concretizar esta grande oportunidade, muito por mérito de Wagner, que defendeu o penálti com uma bela defesa.
O Sporting acordou tarde para o jogo e o Estoril defendeu muito bem o resultado ao longo da primeira parte. Carrillo, que realizou uma das suas piores exibições, saiu aos 38 minutos, cedendo o lugar ao jovem Carlos Mané, que cinco minutos depois assustava os canarinhos com um cruzamento remate que Wagner defendeu com alguma facilidade.
O intervalo chegou e os adeptos não deixavam de apoiar as respectivas equipas. A segunda parte começou sem William Carvalho, que realizou, também ele, a exibição menos conseguida da temporada que hoje terminou. Slimani, que surpreendentemente tinha começado no banco, entrou para o lugar do médio português, dando ao futebol do Sporting uma maior dimensão ofensiva. Neste segundo tempo nada de relevante se passou. Remates sem perigo de parte a parte, assim como muitas perdas de bola e poucas jogadas de encher o olho. O maior destaque dos últimos 45 minutos vai para a estreia de Shikabala, que entrou aos 76 minutos debaixo de uma grande ovação e que na primeira vez que tocou na bola driblou dois jogadores e deu início a um dos lances mais perigosos da segunda parte.
O jogo acabou e com ele o registo que o clube leonino queria ter mantido, interrompendo assim uma série de 17 jogos consecutivos sem perder no seu reduto. O Estoril conseguiu assim igualar o campeão nacional no melhor registo de jogos fora. Um jogo equilibrado, sem muita história e com pouco interesse. Acabou-se, isso sim, com um belo registo.
Figura
Wagner – O guardião canarinho acabou por ser o elemento que mais contribuiu para segurar o resultado que o Estoril cedo alcançou. Sempre que foi chamado a defender mostrou-se seguro e competente, não comprometendo em nada. Teve um papel determinante ao defender o penálti de Adrien Silva.
Fora-de-jogo
Carrillo – O extremo peruano é conhecido por ser um jogador irregular, de altos e baixos. Hoje foi um dos baixos mais representativos dessa irregularidade. Não acertou em nenhuma decisão e comprometeu alguns lances que podiam ter acabado de melhor forma. Saiu, e bem, aos 38 minutos de jogo.