Mas o seu temperamento leva-o a uma encruzilhada… é um presidente que “ou se gosta ou se odeia”, não há indiferença. Há quem o chame arruaceiro, bully, que amua, que quer tudo à sua maneira. Cometeu erros na comunicação, com excesso de comunicados no facebook… entrou em demasiadas guerras ao mesmo tempo. E agora está a pagar isso caro. Meteu-se com tudo e todos, cortou relações com clubes e meios de comunicação social, promoveu os órgãos do clube, fez questão de reavivar o Sportinguismo e não o “nacional porreirismo” a que o clube estava condenado. E isso faz com que seja indesejado, ofendido e maltratado.
Felicito-o por muitas decisões que tomou: de mudar a estratégia de comunicação e ser agora apoiado por Nuno Saraiva, Director de Comunicação; bem como o congratular todo e qualquer candidato que apareça à presidência do Sporting (não se pode esquecer do que ele próprio sofreu quando tentou ser presidente pela primeira vez). O clube precisa de vozes discordantes, que se expressem e que façam o Sporting ser diferente e melhor.
Aconteça o que acontecer, estas eleições não podem destruir o clube verde-e-branco. Podem e devem ser uma oportunidade de melhoria. O meu voto, à partida, está decidido, mas quero que as (boas) opiniões de todos os candidatos sejam aproveitadas em prol do Sporting e que essencialmente consigam tornar o futebol português num desporto mais justo e espectacular. Porque neste momento, o nosso campeonato é uma anedota!
Foto de capa: Sporting Clube de Portugal