Se perguntarem a um comum adepto de futebol – ou até mesmo a um sportinguista – quais os jogadores que mais se destacam do atual plantel do Sporting, muito provavelmente o nome de Paulo Oliveira não aparecerá na lista. Ainda assim, o defesa central do Sporting sempre foi um jogador que apreciei, quer pelas qualidades futebolísticas quer pelas qualidades humanas, sendo um dos meus jogadores preferidos.
Paulo Oliveira nasceu a 8 de Janeiro de 1992, em Vila Nova de Famalicão. Foi, de resto, na sua cidade natal que começou a dar os primeiros pontapés na bola, no clube da terra, o Futebol Clube Famalicão. Desde cedo que Paulo se destacava pela sua frieza e concentração em campo, sendo um jogador e um rapaz com uma maturidade acima da média, o que levou os responsáveis do Vitória SC a levá-lo para Guimarães.
Chegou à cidade de berço como Iniciado, na temporada 2005/2006, e desde cedo que mostrou as suas ambições: muito trabalhador e com vontade de melhorar, agarrou a braçadeira de capitão ainda em tenra idade, nunca mais a largando ao longo dos seis anos de camadas jovens que fez vez no Vitória.
Quando concluiu todos os escalões de formação era altura de dar o salto para o futebol sénior. Nessa sempre complicada transição, principalmente na dificuldade em arranjar espaço na equipa principal, surgiu o FC Penafiel. A equipa nortenha, na altura comandada pelo técnico Francisco Chaló, apostou em Paulo e os resultados foram positivos o suficiente para convencer o Vitória a fazer regressar o defesa central.
Nesta altura perspetivava-se um bonito futuro para Paulo Oliveira. Estava na equipa sénior do seu clube, era frequentemente titular – foi, aliás, titular na final da Taça de Portugal, que venceu frente ao Benfica – era um dos capitães das Seleções Nacionais jovens e começavam a aparecer as comparações com grandes nomes do futebol na sua posição.
Permaneceu mais um ano no Vitória, até que o Sporting teve a inteligência de se mover mais rápido do que a concorrência e, sem nada o fazer esperar, o jovem central chegava a Alvalade. Teve sucesso, novamente, na sua época de estreia: mais uma Taça de Portugal para Paulo, que até fez a assistência para o inesquecível golo do empate dos leões aos 93 minutos. Após um início de época mais a medo, em virtude da adaptação à nova realidade, Paulo Oliveira mostrava do que era feito, com a titularidade garantida, 40 presenças com a camisola leonina e grandes exibições nessa temporada, que até abriram olho aos estrangeiros: em Inglaterra, após boa exibição frente ao Chelsea na Liga dos Campeões, elogiavam o menino franzino, que pela sua frieza e simplicidade fazia lembrar Ricardo Carvalho.