A CRÓNICA: TONI MARTINEZ E TAREMI FAZEM AS CONTAS PARA O FC PORTO
Mais de 40 anos depois do seu último encontro, GD Fabril e FC Porto encontraram-se no Estádio Alfredo da Silva para disputar a 3ª Eliminatória da prova rainha do futebol português, a Taça de Portugal.
Duas equipas com mudanças: o Fabril viu cinco atletas testarem positivo para a COVID-19 e o Porto joga na terça-feira, em Marselha. Ainda assim, ambas procuraram a vitória. Uma tentava “fazer Taça” e a outra tentava impedir que tal acontecesse.
Tal como se esperava, o Porto dominou desde o apito inicial, controlando a posse de bola e empurrando o Fabril para perto da sua área. O avançado Mehdi Taremi podia ter aberto a contagem à passagem do segundo minuto, mas o cabeceamento saiu ao lado. Seguiram-se tentativas de Felipe Anderson, Taremi (novamente) e Toni Martinez, mas a defesa da casa ia conseguindo aguentar o nulo.
Com Ronivaldo Ferreira, Jairo e Nuno Longo no centro da defesa, o Fabril controlava a profundidade do ataque portista, mas também a largura, graças a boas exibições de Leonildo Soares e Daniel Oliveira nas laterais. O avançado Ivan Reis mostrava-se demasiado sozinho no ataque e, quando recebia a bola, tinha dificuldade em segurar e criar perigo.
Quando se esperava que o resultado ao intervalo fosse um empate a zero, Otávio cruzou a bola para o centro da área e Toni Martinez agradeceu, inaugurando o marcador com um grande remate de bicicleta. Um lance acrobático que fez o 1-0.
Golo do @FCPorto! Golo do @AntonioMtnez_29! QUE GOLAÇO! Os dragões vão para o intervalo a ganhar 1-0.#sporttvportugal #tacadeportugal #gdfabrilbarreiro #gdfabril #fabril #futebolclubedoporto #fcporto #porto #tonimartinez pic.twitter.com/el0XuhKQRF
— SPORT TV (@SPORTTVPortugal) November 21, 2020
O início da segunda parte viu um GD Fabril mais pressionante, a tentar condicionar a saída de bola dos dragões. No entanto, as esperanças da equipa da casa caíram por terra quando Felipe Andersson colocou a bola em Mehdi Taremi, que fez o 2-0 à passagem do minuto 51, marcando pelo segundo jogo consecutivo (também marcara frente ao Portimonense, antes da paragem para as seleções).
Nos minutos que se seguiram, o jogo voltou à toada morna que tivera, com os campeões nacionais a controlarem o jogo sem grande dificuldade. Sérgio Conceição ainda lançou jogadores mais rotinados, caso de Jesús Corona, Sérgio Oliveira e Luís Diaz, mas o resultado não sofreu mais alterações.
O Porto avança assim para a próxima eliminatória, enquanto que o GD Fabril cai de pé nesta edição da Taça de Portugal Placard.
A FIGURA
🗣️ @afonso_sousa10: “Para mim, o Romário Baró é craque. Crescemos juntos e partilhávamos o quarto na Casa do Dragão. Se lhe derem oportunidades, acredito que pode vir a ser um caso sério no futebol.” 💙 pic.twitter.com/tH6RPLUk1V
— 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 𝐍𝐞𝐰𝐬 🇸🇻 (@DragaoNews1893) November 18, 2020
Romário Baró – O médio portista foi um poço de força no meio campo e o único desse setor que jogou os 90 minutos. O jovem teve qualidade no passe, empurrou a equipa para a frente em transição e não teve medo de fazer a ocasional falta.
O FORA DE JOGO
Ivan Reis – Sabendo das diferenças entre as duas equipas, o papel de avançado da equipa do Fabril seria sempre injusto. Ivan Reis não teve muitas oportunidades e passou grande parte do tempo a tentar pressionar a defesa portista, mas, quando teve bola, não foi capaz de decidir corretamente, acabando quase sempre por perder o esférico por tomar más decisões.
ANÁLISE TÁTICA – GD FABRIL
Sem quatro dos seus habituais titulares, o técnico João Miguel Parreira foi obrigado a fazer três substituições relativamente ao onze que alinhara frente ao Belenenses SAD “B”.
Com uma linha de cinco defesas, o Fabril causou muitas dificuldades ao ataque portista, que não conseguia ultrapassar a última linha da equipa da casa. No entanto, um golo a fechar o primeiro tempo e outro a abrir a segunda parte deitaram por terra as aspirações de se “fazer Taça”. Bastaram duas ocasiões em que o meio campo azul-e-branco teve tempo e espaço para decidir para se criarem os desequilíbrios que resultaram nos golos.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
João Marreiros (7)
Nuno Longo (7)
Ronivaldo Ferreira (6)
Leonildo Soares (7)
Jairo (7)
Daniel Oliveira (7)
Reginaldo Gonçalves (6)
Diogo Palma (7)
Nuno Sá (7)
Adjeil Neves (6)
Ivan Reis (5)
SUBS UTILIZADOS
Edson Castro (6)
João Araújo (7)
Emerson Gomes (6)
Gonçalo Paulino (6)
João Carmo (6)
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
Com os olhos postos no jogo de terça-feira frente ao Marselha, Sérgio Conceição apostou num onze diferente do habitual, com as inclusões de Diogo Costa, Carraça, Mamadou Loum, Felipe Andersson, Romário Baró e Toni Martinez.
O Porto atuou num 4-4-2 com um meio campo claramente vocacionado para o ataque. Romário Baró mostrou-se exemplar no meio campo portista e combinou bem com Felipe Andersson, que ainda saiu do jogo com um passe para golo. A dupla formada por Taremi e Martínez passou muito tempo tapada pelos cinco defesas do Fabril, mas, quando tiveram oportunidade, confirmaram a sua qualidade.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Diogo Costa (7)
Wilson Manafá (7)
Malang Sarr (7)
Mamadou Loum (7)
Carraça (7)
Otávio (7)
Felipe Anderson (8)
Romário Baró (8)
Shoya Nakajima (7)
Mehdi Taremi (7)
Toni Martinez (8)
SUBS UTILIZADOS
Jesús Corona (6)
Luís Diaz (6)
Sérgio Oliveira (7)
Fábio Vieira (6)
Evanilson (6)
Artigo revisto por Mariana Plácido