Um piloto a observar

    cab desportos motorizados

    Diogo Gago é provavelmente um nome que não diz nada à maioria dos portugueses e que pouco diz aos que gostam de ralis mas que não acompanham de forma “fiel” a modalidade em Portugal.

    Gago é um dos pilotos em que os portugueses podem depositar mais esperanças para o futuro, visto ter cada vez mais um ritmo consolidado e estar a fazer uma aposta séria na sua carreira. O piloto algarvio está a correr em Portugal, Espanha e França neste momento, o que lhe traz um ritmo e experiência muito superiores à grande maioria dos pilotos portugueses. Mas se a participação nestes três campeonatos é importante, para mim, existe uma falha grave na sua participação: o piloto corre em cada campeonato com um carro diferente. Em Portugal corre com um Citröen C2 R2, em Espanha corre no troféu da Suzuki com um Suzuki Swift Sport, e em França corre com um Peugeot 208 R2. Se as diferenças de carros podem ser boas por não permitirem uma habituação excessiva a um só carro, ter de conhecer três também me parece excessivo. Para melhorar este aspeto e reduzir de três para dois carros, considero que o piloto devia começar a usar em Portugal o carro da marca do leão, que usa em França.

    Diogo Gago em ação em França.  Fonte: Facebook de Diogo Gago
    Diogo Gago em ação em França.
    Fonte: Facebook de Diogo Gago

    A nível de resultados, estes têm sido sempre equilibrados, e penso que posso afirmar que são melhores no estrangeiro do que em Portugal; no passado fim de semana, na primeira participação em França deste ano, o piloto do Algarve ficou em terceiro, não ficando no primeiro lugar apenas devido a uma penalização dada ainda antes do início da prova.

    O algarvio é sem dúvida um talento com muito futuro, e podemos esperar voos mais altos para o mesmo. Ainda estamos a meio da temporada de 2014, mas para a época de 2015 o piloto deveria continuar a apostar em carros ‘R2’ e de preferência num carro melhor do que o C2 com que corre no nosso país; mas em vez de correr em três campeonatos nacionais devia, na minha opinião, correr ou no europeu ou no mundial, e se pudesse ir testando e até fazer uma ou outra prova de R5 ou carro do género. Em 2016 deveria então mudar de classe para um muito mais competitivo R5, de forma a sustentar todo o seu desenvolvimento e mostrar todas as suas qualidades.

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    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.