Homenagem a Hewitt, Kokkinakis, Kyrgios e outros: O ténis australiano está vivo

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    O ténis australiano surpreendeu no último Open da Austrália pelos nomes de Nick Kyrgios e Thanasi Kokkinakis. Eu sei que existem outros tenistas à frente destes dois jovens no ranking mundial, mas estes foram aqueles que “incendiaram” as bancadas e que, além fronteiras, mostraram que o ténis australiano está vivo e recomenda-se.

    Curiosamente, poucos dias depois, Lleyton Hewitt veio anunciar que em 2016 poderá retirar-se dos court’s, quase que a dizer que o futuro está em boas mãos, depois daquilo que pudemos ver nos court’s de Melbourne no final de Janeiro.

    Bem sei que antes de Kokkinakis estão Bernard Tomic, Marinko Matosevic, Sam Groth e outros, mas a atitude e o jogo do jovem de 18 nos frente a Ernest Gulbis, na ronda inaugural do Open da Austrália, foi verdadeiramente apaixonante e mostrou que um dos parceiros de Kyrgios no circuito júnior vai dar que falar também no circuito ATP.

    No ano passado, Thanasi Kokkinakis venceu um torneio do circuito Future e atingiu um par de meias-finais no circuito Challenger, tendo também jogado diversos qualifying’s do circuito ATP. Já no ano passado o jovem australiano tinha vencido a ronda inaugural do Open da Austrália em quatro set’s, tendo perdido de seguida frente a Rafael Nadal.

    Por outro lado, ou melhor, por outro nível, Nick Kyrgios é já o melhor tenista australiano no ranking mundial, o que o coloca uns furos acima de Thanasi Kokkinakis; no entanto, pode mostrar ao tenista que surpreendeu no Open da Austrália onde é que poderá chegar.

    Para além destes dois talentos de que falei já, é de referir que os australianos têm doze tenistas no top 200 ATP, já para não falar das dezenas de tenistas com classificação mundial. Neste momento, Lleyton Hewitt é já o quinto melhor tenista australiano, e estamos a falar nada mais, nada menos do que o vencedor de Wimbledon e do US Open, bem como de um ex-número um do ranking mundial.

    Isto tudo para mostrar que não tendo actualmente nenhum tenista de topo mundial (top 10 ou até mesmo top 20), o ténis australiano tem feito palautinamente o seu trabalho de formação, cujos frutos estão à vista e que prometem um futuro brilhante para o país, que recebe o primeiro grand slam da temporada.

    Nick Kyrgios é um jogador com potencial para ser um dos melhores do mundo e a sua irreverência é algo que vejo como positiva na construção de uma imagem de um tenista que se espera de topo.

    É que, para além destes jovens talentos, temos já pelo circuito mundial tenistas como Bernard Tomic, que são adversários respeitados no circuito e capazes de garantir consistentemente a passagem de uma ou duas rondas por torneio.

    Fica a pergunta: para quando o ataque à Davis?

    Foto de capa: Flickr/Marianna Belvis

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    Miguel Dias
    Miguel Dias
    O Miguel jogou ténis durante mais de dez anos, sendo actual vice-presidente do clube ténis da sua terra natal, Almeirim. Para além disso, acompanha a modalidade desde 2008, tendo feito já a cobertura do Portugal Open, entre outros, e tendo sido já comentador convidado da Eurosport para a modalidade.                                                                                                                                                 O Miguel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.