É já no próximo domingo que Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto voltam a defrontar-se para o campeonato nacional, num ano provavelmente mais próspero para ambos do que no passado. Obviamente que parte disso deve-se à “crise” do Benfica, que parece não conseguir esconder as suas carências no plantel e, apesar de um histórico semelhante nos anos anteriores, parece também revelar grande dificuldade em chegar ao título e ao tão esperado “penta” na presente época. Mas a verdade é que a distância ainda é curta (apenas três pontos para o Sporting), e a Liga NOS encontra-se ainda no início.
FC Porto e Sporting defrontam-se numa altura em que ambas as equipas aparentam estar no seu pico de forma, apesar do recente empate do Sporting em Moreira de Cónegos. A equipa de Sérgio Conceição conta por vitórias os seus jogos no campeonato, enquanto o Sporting, sem ser esse empate (que acontece na mesma semana em que defronta Barcelona… e Porto), também tem somado vitória atrás de vitória na liga portuguesa. Entre os tiros de Bruno Fernandes e os dribles estonteantes de Brahimi, há muito mais que define ambas as equipas, e que permitem, então, esses rasgos de magia de ambas as partes.
Começando pelo lado de Alvalade, o Sporting passou por várias mudanças no plantel na planificação para esta época, mas os sinais parecem ser positivos, se compararmos à anterior: as laterais ganharam profundidade (Piccini e Coentrão são uma diferença brutal em relação a Schelotto e Zeegelaar..), têm uma dupla de centrais fortíssima (Mathieu parece ser o complemento perfeito), e as entradas de Battaglia e Bruno Fernandes trouxeram uma dose de… batalha (salve-se as coincidências fonéticas) e magia que parecia faltar nos lados de Alvalade (só Gelson não chegava). Depois, os complementos como Acuña e Doumbia visam trazer uma outra profundidade na frente, mais à imagem do treinador Jorge Jesus.
Do lado do Porto, um cenário diferente: devido às imposições do Fair-Play financeiro, o Porto não contratou absolutamente ninguém (à excepção de Vaná) para o seu plantel (nem podia, diga-se), e apostou literalmente na continuidade, mas com duas enormes diferenças: Ricardo Pereira e Aboubakar (o regresso dos emprestados), e um nome que quase se confunde com o ADN do clube: Sérgio Conceição. Com um discurso direto e um estilo de jogo muito definido, o treinador português veio trazer um estado de alma que nem Lopetegui nem Nuno Espírito Santo estiveram perto de trazer.