Paris Saint-Germain 1-2 Real Madrid CF: 222 milhões não foram a jogo… e o Real seguiu em frente

    Os anfitriões, em 4-3-3, jogavam sem o principal jogador, mas contavam com um golo no Bernabéu. Kurzawa ficou de fora, jogando Berchiche, Thiago Motta fez companhia a Verratti no controlo do meio campo; O Real jogou em 4-4-2, com um meio campo diferente (sem Modric e Kroos), mas com uma boa margem obtida em Madrid.

    A primeira parte resume-se num ritmo de jogo pautado, com tentativas de aceleração parte a parte. O PSG teve mais bola, pois o Real Madrid deixava jogar, podia-se dizer que os bicampeões europeus jogavam com o resultado obtido na primeira mão. Neste prisma, Ramos corresponde a um cruzamento da direita e permite a Areola a primeira defesa mais apertada até então. O Real, na expetativa, ia trocando bem a bola, mas sem asfixiar o adversário com velocidade ou passes mais incisivos, enquanto o PSG tinha em Di María (mais virtuoso na ausência de Neymar Jr) o homem mais criativo.

    Verratti, pautava esse jogo parisiense, e rompia autenticamente esse ritmo com passes a rasgar, encontrando quase sempre Mbappé, que se encarregava de ou colocar a bola na zona de Cavani, ou atirar à baliza, dependia de si essa decisão. O organizador do jogo dos da casa, Verratti, viu um amarelo após lance disputado com Casemiro. O que o suscitou, foi o italiano ter-se dirigido ao brasileiro a pedir satisfações, ao que o árbitro, prontamente, respondeu com amarelo: escusado, da parte de Verratti; exagerado, no meu parecer, da parte de Felix Brych.

    Perante o cenário acima descrito, o Real Madrid cada vez mais se encolhia no seu meio campo, causalidade provocada pelo crescimento atacante do PSG. Kovacic, aos 32 minutos, varre Di Maria no flanco direito, cortando de vez o argentino, que conduzia a bola com velocidade. Bem mostrado. Seis minutos após este lance, o Real Madrid contraria a disposição da partida, e leva a bola até à área adversária: contando com uma interceção falhada por parte de Dani Alves, pelo lado esquerdo do ataque madrileno, Benzema recebe essa bola e no um contra um, permite a Areola uma defesa de recurso! Bola para canto.

    Três minutos após o perigo de Madrid, é o Paris que desenha a melhor jogada até então: em plena área do Real, Verratti para Di María, que tenta assistir Cavani, que se encontrava já para além da zona da grande penalidade, mas Navas chega primeiro. O jogo foi prontamente interrompido por fora de jogo de Cavani, mas tal não foi indicador suficiente para conter a ira de Zidane, que captado pela realização, mostrava claramente o seu desagrado com a sua defensiva. Ira que se deve ter repetido dois minutos após, lance em que Mbappé recebe um passe que rasga todas as linhas do Real, e à entrada da área, descaído para a direita, remata e vê a sua tentativa ser parada para canto, por Navas.

    A segunda parte, foi muito mais interessante. Tal se explica devido a diversos fatores: deu-se um jogo muito menos fechado, muito por culpa do golo de Cristiano Ronaldo (que já tinha ficado muito perto do golo, logo no minuto antes), logo no início da segunda parte: tudo começou com o roubo de bola de Asensio a Dani Alves, que deu a Lucas Vasquez, que logo cruzou a bola para os egundo poste, em que aparece Ronaldo! Um cabeceamento bem ao seu estilo: eleva-se como só ele pode, forte e de cima para baixo: sem hipóteses de defesa para Areola… Zidane e os madridistas ficavam mais descansados. O PSG via-se assim obrigado a ser mais esclarecido na busca do golo.

    O ritmo de jogo pautado até então dera lugar a um jogo bem partido, muito aberto e rápido! Uma das equipas quase certa na próxima fase, outra sem, literalmente, nada a perder. As 59’, Pastore entra para o lugar de Thiago Motta, de forma a haver mais homens vestidos de azul na zona mais avançada do terreno. Contudo, sete minutos depois esta substituição, o jogador que permitia a saída do elemento mais central foi expulso: Brych não perdoou novamente as palavras de Verratti, agora dirigidas a si, pedindo falta para o seu conjunto. Alguma polémica, mas manteve-se o critério, algo cisudo, do árbitro… Não queria conversa Felix Brych.

    Com dez elementos, o PSG chega, atabalhoadamente, ao empate: Pastore cabeceia à baliza em mergulho, mas vê a bola bater num defensor adversário, e logo de seguida bate na perna de Cavani! Navas nada pôde fazer para evitar que a bola entrasse.

    O Real, com mais um elemento, definia agora o ritmo de jogo, se bem que deixava o PSG tentar sair a jogar. Mas é o Real quem teve um ataque prometedor, nos pés de Benzema, que mais uma vez neste jogo deixou a entender que não tem qualidade para continuar no campeão espanhol em título: com Ronaldo à sua direita isolado, perde o “timing” de passe, e tenta um golo de bandeira… em que a bola fica mais perto da bandeira de canto do que propriamente da baliza… Deixou muito a desejar Benzema neste jogo.

    Substituição parte a parte, no minuto seguinte, em que Di María dá o lugar a Draxler; e Benzema a Bale. O jogo já tinha dado tudo o que tinha a dar, em termos objetivos. Mas a sentença foi dada por Casemiro, que aos 80 minutos, a meias com o compatriota Marquinhos, devolve a vantagem aos “blancos”, resultado que se manteve até ao apito do árbitro.

    Foto de capa: UEFA

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    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.