Uma crise que não vai chegar a ser Real

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    Real Madrid tem um estatuto quase inigualável na história do futebol. Considerada a equipa do século, sempre tida em conta como candidata ao que quer que estivesse em disputa, mesmo sem apresentar qualidades para tal. Real Madrid , neste momento, é uma equipa com recursos imensos, e com um plantel em que reúne onze e mais alguns dos melhores praticantes deste desporto. Como sempre foi.

    Os seus últimos resultados foram estranhos. Mas antes do resultado teremos de falar de exibições, performances. E antes das últimas, o estado mental dos jogadores, os seus índices motivacionais, o seu empenho e compromisso para com os objetivos delineados pelo clube, que são diretamente proporcionais ao seu investimento constante.

    A presente época até correu bem. O Real começou logo na pré-época com confrontos bem quentes, com clubes com as mesmas ambições, colossos, ao fim ao cabo. Um deles foi com o Barcelona, em Miami, em que os blaugrana levaram a melhor. A ter em conta que Cristiano Ronaldo ainda se encontrava a gozar férias. A contar, houve a Supertaça de Espanha. Aí, o Real Madrid deu mostras que realmente era a equipa que demonstrou ser nos últimos dois anos, muito forte, pressionante, dominadora e, acima de tudo, ganhadora. 2-0 no Bernabéu, e 1-3 em Camp Nou valeram-lhe uma vitória expressiva no conjunto das duas mãos, contra um Barcelona ainda em busca do seu melhor nível. Um Real já construído.

    Esse Real, que com derrotas contra o Girona e Bétis de Sevilha, empates logo no início do campeonato (Valência e Levante), estes últimos sem Ronaldo, que tinha sido advertido com 5 jogos de suspensão! Esse castigo pode ter comprometido a forma de jogar da equipa, pois tem muito enfoque na busca de CR7 no último terço do terreno, mais propriamente na área. Além disso, Ronaldo é sempre um candidato ao Pichichi, e como os seus objetivos individuais o fazem muito melhor, e consequentemente tornam a equipa mais criadora de oportunidades de golo, mais rematadora, mais goleadora. Esse Ronaldo anda por lá, mas não tão eficaz.

    Noto também um meio campo pouco interveniente no jogo. Real nos últimos anos é vista como uma equipa com um contra ataque fulminante, em que se for preciso são logo os três avançados a dar conta do mesmo. Modric, Kroos, principalmente, não têm tido o impato que lhes é característico. No jogo a contar para a Liga dos Campeões, frente ao Tottenham, até penso que o problema não tenha passado por eles. Primeiro, defendo que o Tottenham encontra-se numa fase em que tem de provar o que é. O Real já está farto de provar isso.

    Real Madrid marca passo na Champions. A sua sorte é o Dortmund não assustar Fonte: Real Madrid CF
    Real Madrid marca passo na Champions. A sua sorte é o Dortmund não assustar
    Fonte: Real Madrid CF

    O primeiro bicampeão com o novo formato da Champions, campeão espanhol, os seus jogadores predominam no melhor onze do ano para a FIFA, enfim, pouco a provar. Jogam, segundo a minha análise (que vale o que vale), sem o pesado fardo de mostrarem que são capazes de jogar no Real, ou pelo menos, já o mostraram muitas vezes e não é por estarem quatro ou cinco jogos sem se superarem aos oponentes, como é o que é esperado, sejam logo relegados para o banco.

    Quanto ao jogo em Wembley frente ao Tottenham, o que tenho a dizer é que foi demérito do Real Madrid, pois a teoria dizia que no máximo dos máximos, o Tottenham venceria por um golo de vantagem. A verdade é que os merengues têm dos melhores plantéis da atualidade, e que são a melhor equipa do mundo em título. E deverão revalidá-lo, se a prática corresponder ao que a teoria faz prever…

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    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.