AS Monaco 1-2 Paris SG: Um final que disfarça o passeio

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    De resultados europeus antipodicamente opostos vinham ambas as formações que protagonizavam este clássico do futebol gaulês, separadas por seis pontos na Ligue 1, nas segunda e primeira posições, respetivamente.

    Uma vitória para o Monaco seria o melhor que podia acontecer depois de campanha desastrosa na Liga dos Campeões, mas Mbappé, aos 2 minutos, falhou de forma clamorosa o golo inaugural e tirou qualquer dúvida sobre o estado de alma dos franceses que vinham de uma vitória de 7-1 contra o campeão escocês!

    Com uma formação tática que contemplava 3 centrais, a equipa monegasca nunca conseguiu contrariar a mobilidade e perfume do ataque parisiense com os movimentos deambulantes de Draxler, Mbappé, Neymar e Cavani. Aos 8 minutos, Draxler falha outro golo cantado…

    Aos 19, uma triangulação entre Rabiot, Draxler e Cavani daria o gol inaugural: parecia fácil! Até ao intervalo, o extremo alemão podia ter aumentado a diferença, mas Subasic impediu. Do lado caseiro, nada que se aproveite em termos atacantes numa equipa que viu mais a bola passar pelos olhos do que pelos pés.

    A começar a segunda parte, aparece o samba de Neymar. Primeiro, atira ao poste (48’) e aos 52’, após sofrer penálti, converte-o com sucesso.

    Mbappé teve um regresso não muito feliz ao Mónaco. Falhou que se fartou e ainda “traiu” Areola no golo adversário. Fonte: PSG
    Mbappé teve um regresso não muito feliz ao Mónaco. Falhou que se fartou e ainda “traiu” Areola no golo adversário.
    Fonte: PSG

    Em termos de ocasiões flagrantes, o PSG ainda somaria mais quatro. Duas de Mbappé (69’ e 73’), uma com Jemerson a desviar um cruzamento de Cavani para o poste (75’) e, no minuto seguinte, o ‘El Matador’ uruguaio, sozinho na pequena área, atirou ao lado.

    O último quarto de hora viria, porém, quase a desdizer toda a história do jogo. Com as substituições operadas por Leonardo Jardim, sobretudo as entradas de Ghezzal e Rony Lopes, o Monaco melhorou. Por outro lado, o PSG tirou o pé do acelerador.

    João Moutinho, com sorte à mistura, vê um livre que cobra (81’), à entrada da área, desviar na cabeça de Kylian Mbappé e trair Areola. Regresso ao principado não muito feliz do jovem francês de 18 anos.

    Sem criar mais perigo junto da baliza parisiense, o Monaco, a páginas tantas, viu-se beneficiado por um final com incerteza no resultado. Contudo, quem viu o jogo sabe que o PSG podia ter aplicado ao Monaco os números que aplicou ao Celtic.

    Se assim continuar na Ligue 1, o PSG fará do campeonato francês uma qualquer praça de Paris onde pode passear a seu bel-prazer.

    Jardim vive dias muito difíceis e há que fazer reflexão profunda. Depois do adeus à europa, agora, internamente, o líder já está lá longe. São 9 pontos, Leonardo!

    Foto de capa: Paris SG

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    Rúben Tavares
    Rúben Tavareshttp://www.bolanarede.pt
    O futebol foi a primeira paixão da infância, no seu estado mais selvagem e pueril. Paixão desnuda. Hoje não deixou de ser paixão, mas é mais madura, aliada a outras paixões de outras idades: a literatura, as ciências sociais, as ciências humanas.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.