Os lobos estão de volta

    «The Wolves are back to the Premier League»

    Esta é frase que se faz ouvir entre os adeptos do clube do condado de West Midlands, que volvidas seis épocas, conseguiu finalmente regressar ao principal escalão do futebol inglês. O Wolverhampton Wanderers FC sempre se assumiu como favorito à conquista do Championship e desde cedo deu claros indícios que tinha argumentos para tal.

    O recém-promovido à Premier League tem a particularidade de ser “o clube mais português” dos campeonatos profissionais, com excepção claro à Liga NOS. A armada Lusa conta com: Roderick; Rúben Vinagre; Pedro Gonçalves (alinha sobretudo pela equipa Sub-23); Rúben Neves; Ivan Cavaleiro; Diogo Jota e Hélder Costa que estão sob comando de Nuno Espírito Santo. Léo Bonatini, brasileiro, mas cara conhecida dos portugueses por ter jogado no Estoril Praia, é também peça chave neste conjunto e aposta recorrente do técnico português.

    O Championship é dos campeonatos mais competitivos do mundo do futebol, pois nele jogam 23 equipas e, nos últimos anos, tem revelado épocas desportivas com constantes alterações na tabela classificativa, o que se justifica pelo grande equilíbrio na qualidade exibicional entre todos os conjuntos, mas também pelo desgaste decorrente de, por exemplo, duas jornadas por semana.

    Atendendo a estes factos, seria impensável prever esta brilhante campanha do Wolverhampton. Contudo, os Wolves foram sempre a equipa mais constante, aquela que se consolidou desde cedo como primeiro classificado e que no final da primeira volta apresentava indícios bastantes promissores e ilustradores do seu elevado potencial. Estava no topo da tabela com sete pontos de avanço sobre o Cardiff, o conjunto que sempre seguiu na sua dianteira. O registo era de 17 vitórias e apenas três derrotas e tantos empates, sendo também a defesa menos batida e o ataque mais letal.

    Tem sido uma época de sonho para os Wolves
    Fonte: Wolverhampton Wanderers FC

    Tudo parecia encaminhado e, chegada a segunda metade do campeonato, a equipa de Nuno Espírito Santo não vacilou e, mantendo-se fiel ao seu estilo de jogo, continuou a ganhar jogos, mesmo contando com ciclo negativo de resultados entre a 32ª e a 37ª jornada, onde conseguiu triunfar apenas por uma vez ao empatar e perder duas vezes. Em contraste com esta má sequencia de resultados esteve a supremacia da equipa de Cardiff que, com uma sucessão de vitórias, conseguiu diminuir distâncias, aproximando-se assim do Wolverhampton que viu a sua vantagem reduzir de 11 para três pontos.

    A luta pelo título ficou então entre os dois conjuntos que, num cenário de parada e resposta, colecionaram várias vitórias até ao momento em que se encontraram no Cardiff Stadium, naquele que foi o jogo no qual ficou patente a ideia que nenhuma outra equipa senão o Wolverhampton merecia conquistar o Championship, numa partida extremamente disputada e apenas desbloqueada por um golaço de um dos portugueses que alinha nos Wolves, Rúben Neves.

    O objetivo estava demasiado próximo para não ser alcançado e a festa da subida até foi feita “no sofá” após o deslize do Fulham diante o Brentford, atendendo a este resultado também, os comandados de Nuno Espirito Santo conseguiram , hoje, comemorar não só a promoção como o título do Championship.

    A locomotiva dos lobos arrancou com tudo no inicio da época e só parou na placa Premier League. O sucesso esteve na constância e equilibro da equipa, que teve como peças chave jogadores e técnicos made in Portugal!

    Foto de Capa: Wolverhampton Wanderers FC

    Artigo revisto por: Vanda Madeira Pinto

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Gonçalo Miguel Santos
    Gonçalo Miguel Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.