O Dicionário de Fernando Santos: Cristiano Ronaldo

    Terminada mais uma época desportiva ao nível dos clubes, todo o universo do futebol se centra agora no Mundial da Rússia.

    Portugal, inserido no grupo B, estreia-se no segundo dia de competição, frente à Espanha. No entanto, a preparação da Seleção Nacional já há muito teve início. Um mês antes do pontapé de saída na Rússia, Fernando Santos anunciou uma das decisões mais importantes: os 23 convocados para a fase final.

    Face a um leque de opções alargado, o Engenheiro optou pela variedade. No grupo que vai seguir viagem para a Rússia, todos os jogadores apresentam caraterísticas diferentes, tendo utilidades repartidas pelos diversos contextos.

    Assim, até à estreia da Seleção Nacional, o Bola na Rede vai definir, numa palavra, aquele que pode ser o principal contributo de cada jogador para a equipa das Quinas.

     

    Cristiano Ronaldo: Golos.

     

    Justiça seja feita, nem sequer faz muito sentido apontar uma caraterística de Ronaldo como maior contributo para a equipa das Quinas.

    Por tudo o que representa, o Bola de Ouro só em condições verdadeiramente trágicas não estaria nos 23 convocados, e, em 2014, até provou que mesmo uma lesão bastante grave poderia não ser suficiente para o afastar de um Mundial.

    A caminho dos 34 anos, Ronaldo chega à Rússia depois de conquistar a terceira Champions consecutiva pelo Real Madrid e com uma primeira metade de 2018 que o coloca novamente como favorito à Bola de Ouro.

    Apesar disto, o aumento da idade vai-se sentindo no capitão português e o contraste do seu futebol atual com o futebol demonstrado nos primeiros anos de carreira é cada vez maior.

    Assim, 2017/2018 marca o ano em que Ronaldo se fixou de vez no centro do terreno. Ora numa parceria com Benzema, sustentada por Isco, ora no lugar do francês, servido por Bale, Asensio, ou pelo ex-Málaga, Ronaldo realizou toda a época no centro do ataque do Real Madrid e deixou de vez o corredor.

    Na seleção, a disposição tática do CR7 foi a mesma, algo que permanece inalterado desde o início da Era Fernando Santos. Nestas “novas” funções, Ronaldo desaparece mais dos jogos e, nunca se podendo ignorar as suas qualidades com bola, dedica-se quase exclusivamente a uma única função: fazer golos.

    Numa equipa que não tem por hábito concretizar muito, o melhor finalizador do futebol mundial contará, para o ajudar, com o espaço deixado pela movimentação de André Silva e, sobretudo, com a precisão dos cruzamentos do seu grande amigo, Ricardo Quaresma.

    Além disto, claro, vale ainda a pena referir tudo o que Ronaldo acrescenta à equipa portuguesa para além dos golos. Com o Bola de Ouro em campo, as defesas adversárias têm sempre uma preocupação extra, o que abre espaço para os colegas, e a sua qualidade técnica nos apoios frontais e, sobretudo, nos cruzamentos, permite que seja eficaz em quase todas as suas ações.

    Por último, resta o que soma a Portugal que só um verdadeiro capitão pode acrescentar: liderança. E 2016 provou como o seu papel é importante nesse campo.

    Foto de Capa: FPF

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    Pedro Paupério
    Pedro Paupériohttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é estudante de Ciências da Comunicação. Sendo um amante de desporto, é no futebol que encontra a sua maior paixão. A análise do que se passa em campo é a sua prioridade e não consegue ver um jogo sem tentar perceber tudo o que vai na cabeça dos treinadores. Idealiza uma cultura futebolística onde a tática e a técnica são muito mais discutidas do que a arbitragem.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.