Terminada mais uma época desportiva ao nível dos clubes, todo o universo do futebol se centra agora no Mundial da Rússia.
Portugal, inserido no grupo B, estreia-se no segundo dia de competição, frente à Espanha. No entanto, a preparação da Seleção Nacional já há muito teve início. Um mês antes do pontapé de saída na Rússia, Fernando Santos anunciou uma das decisões mais importantes: os 23 convocados para a fase final.
Face a um leque de opções alargado, o Engenheiro optou pela variedade. No grupo que vai seguir viagem para a Rússia, todos os jogadores apresentam caraterísticas diferentes, tendo utilidades repartidas pelos diversos contextos.
Assim, até à estreia da Seleção Nacional, o Bola na Rede vai definir, numa palavra, aquele que pode ser o principal contributo de cada jogador para a equipa das Quinas.
Manuel Fernandes: Verticalidade.
Ainda não é certo onde vai atuar Manuel Fernandes quando chamado, mas, atendendo aos ideais de Fernando Santos e aos particulares mais recentes, o médio do Lokomotiv deverá jogar próximo da linha.
Embora não seja o seu lugar predileto, uma vez que a sua posição de origem é no centro do terreno, pela velocidade e músculo que acrescenta, a função de Manuel Fernandes deverá passar por esticar o jogo, partindo da faixa, à semelhança de Renato Sanches no Euro 2016.
Em termos de elegância, inteligência ou visão de jogo, o ex-jogador do Benfica perde de forma clara com opções como João Moutinho ou João Mário; no entanto, a sua capacidade de chegada à área e a sua veia goleadora (14 golos esta época) são caraterísticas só igualadas por Bruno Fernandes no meio-campo.
Numa seleção que nem sempre consegue pensar o jogo e usa e abusa das transições rápidas para o ataque, Manuel Fernandes pode ter um papel de destaque ao nível do transporte ou mesmo da finalização. Um jogador vertical que procurará sempre o caminho mais prático.
Foto de Capa: FPF