3. O segundo melhor tempo da história dos 400 metros barreiras!
O mundo já estava mais do que entusiasmado com os 400 metros barreiras, depois das exibições de Abderrahman Samba e Karsten Warholm, mas Rai Benjamin, que ainda não fez os 21 anos, decidiu apimentar ainda mais a distância e deixar-nos a salivar por ver os três em prova ainda este ano. Correu na final dos Campeonatos Universitários Norte-Americanos em 47.02, naquele que é o segundo melhor tempo da história igualado com o melhor tempo de Edwin Moses! Antes desta temporada ainda não tinha baixado dos 48 segundos e ficou agora bem próximo de baixar dos 47 segundos! E longe das condições climatéricas ideais! É recorde do estádio, recorde dos campeonatos universitários e, logicamente, marca líder mundial do ano.
4. Abderrahman Samba continua a bater recordes! Em todas as provas.
A marca de Benjamin até pode ter ofuscado as marcas estrondosas que Abderrahman Samba está a fazer, mas as suas 5 marcas consecutivas abaixo dos 48 segundos são algo fantástico e que não era visto nesta distância desde 1995 por Derrick Adkins! Em Oslo, Samba correu em 47.60 a abrandar, um novo recorde do meeting, que destronava uma marca de Moses que durava desde 1979! Em Estocolmo, voltou a bater o recorde do meeting, desta vez com novo recorde asiático em 47.41, naquele que também é um novo recorde da Diamond League no geral! Na mesma prova, Karsten Warholm voltou a ficar com o segundo lugar, mas feliz o norueguês, ao destronar o recorde nacional norueguês em 47.81! E sabem o melhor de tudo? Rai Benjamin a fazer 21 anos, Karsten Warholm 22 anos, Abderrahman Samba 22 anos! O que aí vem?! Se tudo correr bem, estes 3 atletas têm, pelo menos, dois ciclos olímpicos ao seu melhor nível à sua espera!
5. Michael Norman já é um fenómeno.
Na antevisão do fim-de-semana alertámos que só iria ser uma terceira vez surpreendido quem quisesse. Norman tinha batido o recorde mundial indoor este ano. Norman tinha corrido o segundo split mais rápido da história nas estafetas 4×400. Desta vez melhorou o seu recorde pessoal para números estratosféricos, passando de 44.40 para 43.61! Já todos sabíamos que ele valia bem mais do que a marca pessoal, todos suspeitávamos que iria baixar dos 44 segundos, mas poucos imaginavam que fosse uma marca deste calibre. Bateu o recorde do Hayward Field que pertencia a Michael Johnson desde 1993, naquela que é a nova marca líder mundial do ano.
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Norman tornou-se também no sexto atleta mais rápido da história e entre esses outros cinco, nenhum deles correu tão rápido com a sua idade (20 anos). Uma curiosidade: todos eles venceram Mundiais e Jogos Olímpicos! Será esse o destino de Norman, numa distância que tem nomes como van Niekerk ou Steven Gardiner? A ver vamos. Para já, o certo é que Norman decidiu-se pelo profissionalismo imediato, o que indica que irá apostar forte no circuito internacional já em 2019.