Quem diria que num ano (surpreendentemente) de elevadíssimo nível, iríamos ter a 16 de setembro aquele que será, provavelmente, o dia mais marcante do ano para o Atletismo? Não quero ser desonesto comigo próprio: a nível internacional, vimos coisas fantásticas este ano, a começar pela fantástica temporada indoor, por resultados assombrosos nos Universitários Norte-Americanos, por uma Diamond League toda ela de elevadíssimo nível (sim, no Mónaco tivemos provavelmente o melhor meeting da história), vimos aqueles que foram uns dos melhores Campeonatos Europeus da história e o aparecimento de novas estrelas um pouco por todas as disciplinas.
A nível nacional, também tivemos surpreendentes marcas, o aparecimento de novas estrelas e a subida de patamar para muitos dos nossos valores mais emergentes. É difícil escolher o que foi o melhor num ano em que muitos (os mesmos de sempre, os que adoram falar mal e prognosticar o cataclismo a cada canto) diziam que seria terrível para o Atletismo (o primeiro sem Bolt, sem Farah em pista, sem eventos globais).
Mas o dia de ontem ficará, indubitavelmente, na história da modalidade, pela queda de vários recordes e todos eles com alguma surpresa à mistura – seja pelas marcas obtidas, seja pelos protagonistas em alguns casos. E ainda tivemos também direito a uma enorme marca nacional numa disciplina que estava também a precisar de algo assim. Seria difícil pedir melhor!