Michigan Wolverines 62-79 Villanova Wildcats: O Inferno de Donte

    O Alamodome em San Antonio, Texas, recebeu o maior jogo do basquetebol universitário norte-americano de 2018: a final do March Madness. A equipa de Villanova chegava como grande favorita. Primeira classificada na região Este, venceram todos os jogos no March Madness por, pelo menos, 12 pontos de diferença.

    Algo que ficou demonstrado na meia-final, quando os Wildcats eliminaram Kansas com uma incrível demonstração de eficácia atrás da linha de 3 pontos. Do outro lado, o 3º classificado da zona Oeste, que tinha encontrado um caminho bem mais complicado até à final. Na segunda ronda, Michigan escapou à eliminação às mãos de Houston com um incrível triplo de Jordan Poole no último segundo.

    Ao contrário do que tinha acontecido no sábado, Villanova começou o jogo de forma lenta e expectante, com Michigan a entrar com tudo no jogo. A estrela dos Wolverines, o alemão Moritz Wagner, ia dominando perto do cesto e a defesa, arma principal de Michigan, ia funcionando. A meio da primeira-parte, os Wildcats apertaram um pouco mais defensivamente, tornaram o jogo mais agressivo e intenso. E isso foi a grande mudança do primeiro tempo.

    Isso e a mão quente do suplente Donte DiVincenzo. Numa equipa com Mikal Bridges, Jalen Brunson ou Omari Spellman, DiVincenzo costuma passar despercebido, mas não na primeira-parte do jogo decisivo da NCAA. Os lançamentos começaram a cair, um atrás do outro e, quando apertado pela já fatigada defesa de Michigan, o extremo foi capaz de encontrar os colegas para cestos fáceis. Assim, Villanova chegava ao intervalo com uma vantagem de nove pontos e os olhos postos no troféu.

    Depois de uma primeira-parte apagada, a estrela Mikal Bridges brilhou bem mais na segunda
    Fonte: NCAA

    A toada do jogo continuou na segunda parte, com Villanova a manter o nível exibido nos últimos minutos do primeiro tempo e a aumentarem a vantagem continuamente. Jalen Brunson continuava agressivo, mas apagado em termos de pontos e Mikal Bridges começava a mostrar as qualidades ofensivas que fazem dele um dos jogadores a ter em conta no draft da NBA, enquanto que, do outro lado, Moe Wagner e Abdur-Rahkman iam desaparecendo do jogo.

    A estrela da noite, no entanto, continuava a ser Donte DiVincenzo. Pontos em catadupa de um lado, defesa de elite do outro e um jogo para mais tarde recordar por parte do jovem que pegou fogo. A segunda-parte não foi mais do que uma formalidade, com Villanova a vencer o título de forma incontestável.

    Depois de um início tremido, a defesa pressionante e o lançamento exterior dos Wildcats apareceu, permitindo a Jay Wright conquistar o segundo título em três anos para Villanova. Quanto a Michigan, valeu pelo caminho até à final.  Foram durante todo o ano uma das melhores defesas do país e uma das equipas mais consistentes, mas a qualidade individual e coletiva de Villanova foi demasiado para os Wolverines.

    Foto de Capa: NCAA

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.